Goiás 0 a 0 com o Flamengo de Sampaoli. O lógico. A primeira chance do Fla ocorreu aos 31 da etapa final. Acabou com um chute para fora. Nada de animador, além disso. O Flamengo tem três dias completos e a manhã de domingo para demitir Jorge Sampaoli. Tempo de sobra para salvar a temporada. Se o cidadão continuar, o clube não conquistará nenhum dos oito títulos que disputou em 2023: Taça Guanabara, Estadual, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Mundial, Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil.
Dado que o Rubro-Negro briga apenas por vaga na Sul-Americana, se é que isso será possível, os cartolas poderiam aproveitar para iniciar uma reformulação visando a temporada de 2024. São três meses para reabilitar, no próximo ano, a vergonha do atual. A propósito: 2024 será mais difícil, com orçamento menor, sem premiações por títulos recentes e a receita proporcionada por grandes jogos e torneios.
Flamengo de Sampaoli, um vexame
Contra o Goiás, mais uma vez, o Flamengo começou com 10. O Victor Hugo é aquele sujeito que chega animado para o papo quando o amigo está quase convencendo a mulher com que conversava a conhecê-lo melhor. O Goiás, medroso, ficou atrás, esperando o adversário trocar centenas de passes para os lados. Aguardava o erro do tome carioca, para arriscar em contra-ataques. O esforço de Vitor Hugo foi em vão. Entregou dois deles na intermediária. Mas o Esmeraldino não soube aproveitar. No intervalo, o editor de Melhores Momentos, que dormia a sono solto, continuou descansando.
Quando este que vos escreve era garoto, havia o Grande Placar Esportivo nas noites de domingo. O ouvido ficava colado no rádio. Afinal, quase todas as informações da jornada passavam por ali. Certa vez, o locutor anunciou. “Em Conselheiro Galvão, Madureira 0 x 0 São Cristóvão. Renda: não houve renda”. AEDnfim, aconteceu algo próximo no campo de jogo em Goiânia até o fim da primeira etapa.
No segundo tempo…
O que teria dito Sampaoli, na pausa do espetáculo, aos comandados? Será que alguém ouviu? E se o fez, entendeu? A questão não é o idioma, mas o bla-blá-blá, absolutamente inútil. Basta conferir os resultados. Mas veio o segundo tempo, e o jogo, no contexto, pareceu mais, digamos, aberto, pois se o Flamengo briga apenas por Sul-Americana – cai de posição a cada rodada – o Goiás luta efetivamente contra o rebaixamento. Em casa, precisava ganhar, e resolveu correr o risco, avançando em busca de um golzinho, com substituições, cruzamentos a esmo e chutes de qualquer distância.
O Flamengo deveria aproveitar o espaço, mas não acertava nada, o que ajudava a manter a mediocridade geral. Aos 26 minutos, Vitor Hugo saiu. “Não é aquele que a gente já viu jogar”, disse o comentarista, um privilegiado, pois, pelo que disse, foi testemunha – algum dia, em lugar desconhecido – de algo positivo do citado atleta.
Pois a coisa caminhou para o fim, e como nas melhores peladas disputadas nos churrascos mais animados, a bola voava de um lado para o outro, E eis que o mesmo comentarista soltou nova pérola. “Quando Sampaoli chegou ao Flamengo todos esperavam o melhor”. Todos, quem? O pior é saber que o Rubro-Negro disputará obrigatoriamente mais 14 jogos no Brasileiro. Enfim, dificilmente haverá um ano pior.
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