Leonardo Pereira

Tristeza não tem fim. Até os refletores do Nilton Santos sabem que o Botafogo está na Série B

O Botafogo perdeu nove das últimas dez partidas pelo Campeonato Brasileiro. Para evitar a impessoalidade, escrevo na primeira pessoa do singular e, de antemão, aviso: na breve análise da partida contra o Athletico-PR, o(a) amigo(a) internauta encontrará o mesmo enredo das derrotas mais recentes. Ao acompanhar mais um espetáculo dantesco proporcionado por Eduardo Barroca e seus Blue Caps, cheguei à conclusão de que bastava trocar o nome do adversário e a data dos últimos textos. Para não me tornar repetitivo, após o revés diante do Furacão (2 a 0), proponho novas reflexões.

Na segunda-feira, no programa “Jogada na Mesa”, afirmei que o Alvinegro tinha chances matemáticas de alcançar o livramento. No meu cálculo, uma série de três vitórias consecutivas, começando pela quarta-feira, poderia tirar o doente da fase terminal. Quem acompanhou as resenhas do YouTube sabe que tive boa vontade para não cair no pessimismo habitual. Porém, há variantes importantes que encerram qualquer tese mais alvissareira. O time sustenta a pior campanha como mandante no Brasileirão, repete formações infrutíferas, insiste em jogadores descomprometidos, é batido facilmente por adversários diretos, não demonstra entrega quando deveria se matar em campo e, inerte, não cria nada diferente.

Kalou se espatifa no gramado ao tentar dominar a bola – Vitor Silva/Botafogo

“Ain, mas o Fluminense tinha 99% de chance de cair e conseguiu ficar na Série A em 2009”. Sim, uma equipe que contava com Conca, Fred e Cuca no comando, além do aporte financeiro da Unimed. Alguém acredita que Pedro Raul, Bruno Nazário, Kalou, Kevin, Victor Luis e Cícero podem liderar uma reviravolta espetacular nas rodadas finais? E campanhas milagrosas, como aquela, acontecem uma vez a cada 50 anos, portanto, fineza retirar o cavalinho da chuva.

Nos dez jogos restantes, o Botafogo precisa vencer sete, número que não alcançou em 28 encontros nesta edição do Nacional. Até os refletores do Estádio Nilton Santos e as cordilheiras suburbanas que abraçam a casa alvinegra sabem que o Glorioso disputará a Série B em 2021. Tudo leva a crer que, em fevereiro, o time cruzará a linha de chegada já rebaixado. Será uma morte lenta e agonizante. Infelizmente, ninguém consegue salvar o clube dele mesmo.

A Estrela Solitária precisará sobreviver com as cotas de TV reduzidas e a folha salarial enxuta. Não há desculpa para a próxima temporada. A nova diretoria e a comissão técnica já deveriam estar em sintonia para mapear o elenco que brigará para não fazer feio na Segundona e repetir o calvário do Cruzeiro. De preferência, com a maioria dos nomes da base.

Leo Pereira

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