O programa ‘Fantástico’, da Rede Globo, na edição deste domingo (6), divulgou trechos de um áudio no qual o presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, surge em uma conversa com a funcionária que o acusou de assédio moral e sexual. A gravação, de acordo com a vítima, foi feita na noite do dia 16 de março de 2021, na sede da entidade, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um perito ouvido pelo programa confirmou que a voz que aparece no áudio é mesmo a do dirigente.
Estes foram os trechos do áudio gravado pela vítima e divulgado pelo ‘Fantástico’
Rogério Caboclo: Seu coração tá no Cabeção ou no Pilotão? (NR: apelidos usados para designar dois funcionários da CBF)
Funcionária: Em nenhum dos dois
Caboclo: Em quem tá?
Funcionária: Não tá em ninguém, é verdade. Mulher consegue ficar bem sozinha.
Caboclo: Eu conheço minha mulher há 26 anos… Já apaixonei, pirei por amor.
[…]
Caboclo: Eu tinha te jurado que eu não ia falar sobre assuntos particulares. Ela tem a b… dela e eu tenho o meu p… […] Eu sou horroroso?
Funcionária: Chefe, eu não vou entrar no assunto da vida sexual de vocês [ri constrangida].
Caboclo: […] Ela vai fazer ginástica, vai voltar tesuda […]
Funcionária: Então, todo mundo… deixa ela ser feliz.
Caboclo: Sabe o que eu sou contra? Nada […] Você quer uma taça de vinho? […] Não… se não parece que eu tô louco […] Posso te fazer uma pergunta?
Funcionária: Chefe, não vou me meter na sua vida sexual seu e da […]. Não vou, não vou.
Caboclo: Não é isso. É na sua [vida pessoal].
Funcionária: Deixa a minha [vida pessoal] quietinha.
Caboclo: Você consegue resistir ao [nome omitido] todo dia dando em cima de você?
Funcionária: Consigo, nós somos amigos. Acabei de falar, consigo, ponto, nós somos amigos. E tá tudo bem, tá tudo certo, nós somos amigos, a gente se dá bem, ele no sofá, eu no quarto e tá tudo bem.
Caboclo: Eu não acredito.
Funcionária: Eu não tenho por que mentir, não.
Caboclo: Tá bom. Segunda pergunta. Posso?
Funcionária: Fala.
[…]
Caboclo: Você se masturba?
Funcionária: Chefe, tchau.
Caboclo: Ei…
Funcionária: Não quero falar disso, não quero. Eu vou avisar ao [nome omitido] que você tá lá embaixo.
Este trecho da conversa divulgado é apenas parte de um documento de 12 páginas que a funcionária entregou ao Comitê de Ética da CBF pedindo para que Caboclo seja investigado e que ela seja reconduzida às atividades. A vítima é funcionária da CBF desde 2012, quando foi contratada como recepcionista. Em 2020, tornou-se assessora especial da presidência.
Segundo a vítima, ela já havia procurado um advogado, que a orientou a gravar e documentar o assédio. A funcionária afirma que no dia desta gravação, Caboclo a chamou para uma “conversa descontraída” em sua sala e começou a fazer insinuações. Acuada, ela enviou uma mensagem para um diretor da CBF para “salvá-la”. Este diretor teria ido até a sala de Caboclo e , nesse momento, ela aproveitou para sair. Mas Caboclo a chamou de volta.
A funcionária garante ainda que vários episódios de assédio já haviam ocorrido anteriormente. Em um deles, Caboclo a teria chamado ao quarto de um hotel, onde os funcionários da CBF estavam hospedados para um evento, e oferecido um biscoito para cachorros dizendo que ela era uma “cadelinha”.
Os advogados de defesa de Caboclo emitiram uma nota à Rede Globo negando o assédio, mas reconhecendo que ele fez “brincadeiras inadequadas”. A nota informa ainda que a funcionária queria um acordo na casa de R$ 12 milhões. Indagada sobre essa afirmação do então presidente da CBF, a funcionária disse que jamais pediu indenização, mas que Caboclo lhe fez uma oferta em dinheiro. Ela disse que recusou, pois, se aceitasse, teria de cumprir algumas exigências, como jamais falar sobre o assunto e sempre negar os episódios de assédio.
Caboclo foi afastado por 30 dias da presidência da CBF por ordem do comitê de ética da entidade. Quem assume interinamente é Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, o vice-presidente mais velho. Ele já havia assumido temporariamente a entidade, de 2017 a 2019, durante o afastamento de Marco Polo del Nero.
Vale citar que Caboclo está com uma relação desgastada com a comissão técnica e os jogadores desde que liderou a mudança de sede da Copa América, colocando o Brasil como sede no lugar da Argentina. O país vizinho desistiu de receber a competição por causa do agravamento da pandemia da Covid-19 no país. A mudança foi oficializada na semana passada. Os jogadores da Seleção, que estão concentrados em Porto Alegre para o jogo com o Paraguai, pelas Eliminatórias, disseram que vão falar à imprensa após o jogo em Assunção, na terça-feira (8), se participarão ou não da competição.
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