Um duelo para salvar a Copa América

Foram 27 jogos e quase um mês de uma enfadonha Copa América para que chegássemos ao único confronto que, de fato, importava. Brasil e Argentina farão no sábado, dia 10, a decisão da competição. De um lado, Neymar e, do outro, Messi, dois dos maiores craques do planeta.

Para os brasileiros, a conquista não tem um valor excepcional – a Seleção foi campeã recentemente, em 2019. No entanto, para os argentinos, é uma questão de honra. Não custa lembrar que eles iriam sediar a competição, ao lado dos colombianos, e sonhavam com o título. Além disso, a Argentina não ergue um troféu desde 1993. O gênio Lionel Messi nunca foi campeão profissional com o manto albiceleste.

A vibração e o entusiasmo dos hermanos após a vitória nos pênaltis sobre os colombianos mostram o quanto eles querem o troféu. A energia de Messi em todo o jogo, chamando a responsabilidade, correndo feito um garoto e comemorando cada pênalti convertido pelos companheiros, mostra o quanto ele precisa e deseja a taça.

Não há dúvida de que teremos uma grande partida no Maracanã. Uma decisão entre rivais históricos, um jogo que promete emoção e equilíbrio, apoiado no futebol de Neymar, um supercraque, e de Messi, um monstro da bola. Dois amigos em lados opostos. Só mesmo esse duelo para salvar uma competição quase que clandestina em terras brasileiras, desgastada pelo desinteresse dos torcedores e pela dor da Covid.