O Campeonato Brasileiro vai entrando em sua reta final com o Vasco mais uma vez na briga pela permanência na Série A, a exemplo de anos anteriores. Em meio ao cenário preocupante, algumas posições ainda seguem sendo disputadas no elenco, muito por conta da inconstância dos considerados titulares. Prova disso são os habituais pacotes de substituições nos intervalos das partidas promovidos por Vanderlei Luxemburgo. Contra Flamengo e Bahia, o time evoluiu nas etapas finais, comprovando que os atletas que entram para os últimos 45 minutos têm condições de buscar a titularidade nos últimos quatro compromissos do Cruz-Maltino na competição.

Cruz-maltinos podem passar por mudanças para o jogo de vida ou morte contra o Fortaleza – Rafael Ribeiro/Vasco

A exceção seria a situação de Benítez. Apesar de exigir cuidados físicos, o meia saiu por opção técnica de Luxa ao fim do primeiro tempo do Clássico dos Milhões. Mesmo com os cruz-maltinos apresentando evolução após a saída do argentino, a possibilidade de colocar o cérebro do time e única opção de criatividade no elenco como opção entre os reservas poderia ser considerada como uma atitude temerária do comandante da nau vascaína? Para Luxa, não.

“O time melhorou no segundo tempo sem o Benítez. Se me perguntar: quer o Benítez? Quero. Mas rotular de grande jogador que não pode sair… se tiver que sair, vai sair. Quis preservá-lo e dar velocidade ao time. Juninho e Carlinhos deram essa velocidade. A análise é sempre no negativo. Se o time melhorou, a substituição foi boa”, disse Luxemburgo após o clássico.

No mais, várias posições seguem em aberto. A própria escalação inicial teve Gabriel Pec no lugar de Talles Magno, que viria a entrar aos 20 minutos da etapa final, quando Pec já havia sido substituído. Também foram substituídos no intervalo o lateral-direito Léo Matos, que fazia péssima partida e já tinha cartão amarelo, e o próprio Benítez, que recebia forte marcação dos rubro-negros.

Um dos que entraram bem na etapa final foi Juninho. O jovem, que recém completou 20 anos e conhecido por exercer com qualidade a função de segundo volante, vem sendo testado como um meia mais centralizado e o desempenho tem sido avaliado de forma satisfatória.

“Juninho emagreceu, tem treinado bem, mereceu oportunidade. Botei no intervalo do jogo, e ele teve atuação muito boa. Jogou por fora, depois por dentro, e conseguiu limpar as jogadas. Talentoso, tem muita qualidade, mas estava acima do peso. Precisava dar uma enxugada”, destacou Luxa.

A tendência é que Juninho volte a receber uma oportunidade como titular, desta vez contra o Fortaleza. A última vez havia ocorrido na derrota por 4 a 1 para o Bragantino, quando o volante foi substituído aos 29 minutos do primeiro tempo. Ficou fora nas três partidas seguintes e sequer entrou em campo diante de Atlético-MG, Palmeiras e Bahia.

Dessa forma, Ben10 jogaria mais pela direita, e Yago Pikachu poderia voltar a ser utilizado na lateral, por conta da queda de rendimento e dos cartões frequentes de Léo Matos nos últimos jogos.

Carlinhos também corre por fora. Apesar do gol de cabeça de Bruno Henrique ter ocorrido em cima de sua marcação, o meia vem sendo utilizado por Luxa em alguns jogos, sempre nas etapas finais. Suas características de movimentação e condução da bola próxima do corpo agradam ao treinador.

Bruno Gomes, na condição de primeiro volante, é nome certo entre os 11 de Luxa. Quem vive má fase é Leo Gil. Substituído no segundo tempo contra o Flamengo, o volante vem sendo muito questionado pela quantidade de passes errados nos jogos. Já o capitão Leandro Castan, apesar de ser um dos pilares do time ao lado de Fernando Miguel e Germán Cano, vem cometendo falhas. Com o retorno de Ricardo Graça e o excelente momento de Marcelo Alves não seria surpresa caso o experiente zagueiro perca vaga entre os titulares.

A temporada está acabando e, mais do que nunca, o Vasco precisará obviamente de todos os seus jogadores no melhor de suas formas técnica e física para atingir o objetivo de permanecer na elite do futebol nacional.

 

 

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