O Vasco, na forma de clube social, inicia a discussão sobre o novo estatuto. Nesta quinta-feira (23), ocorrerá o primeiro encontro de seis para debater o texto que foi construído com a influência da nova realidade do Cruz-Maltino. No caso, o estabelecimento da SAF e a venda de 70% das ações para a 777 Partners. Uma das principais alterações sugeridas tem o intuito de intensificar a vigilância a respeito do cumprimento do contrato e suas cláusulas.
A proposta indica a criação de um cargo de vice-presidente responsável por acompanhar a SAF. Outra recomendação é o estabelecimento da avaliação dos sócios, caso haja uma negociação para venda de qualquer dos 30% da sociedade anônima do futebol.
Assim como a redução de vice-presidências e dos beneméritos no Conselho Deliberativo. Além da descentralização das definições sobre o clube em cima do presidente. A ideia é substituir com a formação de um conselho de administração.
Vice-presidente de relacionamento entre o Vasco e a SAF
O novo cartola terá a função de levar informações e perguntas ao encontros entre os representantes do Cruz-Maltino e os da SAF, no comitê de gestão.
Com o objetivo de ajudar esse vice-presidente na atribuição, o clube pretende estabelecer no orçamento a admissão de uma auditoria por R$ 400 mil. A finalidade é vigiar a efetuação de todo os pontos previstos em contrato.
A atitude tem como intuito garantir a manutenção dos interesses do Vasco com a venda do departamento de futebol. Outra mudança diz respeito a negociação dos 30% da SAF que ainda está com o clube.
Se houver o interesse em negociar qualquer porcentagem, será necessário ser aprovado em votação por parte dos sócios na Assembleia Geral. Vale destacar que obrigatoriamente o Cruz-Maltino terá posse de 10% das ações da SAF.
Redução dos departamentos
A alteração do estatuto está no planejamento desde 2021, quando o atual Conselho Deliberativo assumiu o controle. No entanto, com a adição e transformação em sociedade anônima do futebol no ano seguinte, o novo texto precisa passar por adequação por conta do novo cenário do clube.
Uma das carências apontadas é o abusivo número de cargos administrativos no Vasco. Por isso, a ideia é diminuir os departamentos de 14 para seis. Além da vice-presidência de relacionamento com a SAF, o novo estatuto pretende dividir os setores.
A separação ficaria da seguinte forma: departamento de comunicação e marketing, finanças, remo, esportes e relações especializadas de acervo histórico, memória e responsabilidade social.
Descentralização no conselho do Vasco
Além disso, outras modificações recomendadas, se receberem o sinal positivo, provavelmente vão influenciar a forma como se administra o clube social. Assim, uma das propostas visa reduzir o número de beneméritos e grandes beneméritos que fazem parte do Conselho Deliberativo.
Na atual situação, o comitê é composto por 300 conselheiros, 150 natos (grandes beneméritos e beneméritos) e 150 eleitos. O novo texto prevê 250 conselheiros como o ideal. No caso, 150 natos e 100 aprovados.
Caso haja a aprovação dessa mudança, haverá o crescimento do poder de escolha dos conselheiros eleitos. Isso porque eles compõem a base da administração vigente. Assim como, possibilita o estabelecimento de melhores condições de comando dentro do Conselho Deliberativo.
Enquanto isso, há a possibilidade do presidente do Cruz-Maltino perder poder de decisão após a reforma estatutária. Tal situação ocorreria porque uma das sugestões é a instauração de um conselho de administração do Vasco.
Ele seria formado pelo presidente da diretoria administrativa e outros seis nomes. No caso, o primeiro vice-presidente geral, o segundo vice-presidente geral, dois membros do Conselho Deliberativo, um membro do Conselho de Beneméritos e um membro independente e remunerado.
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