-

Antes mesmo da terceira derrota seguida, o Vasco já vivia clima pesado em São Januário. Com o revés para o Operário-PR, no sabado (21), tudo piorou. Estacionado na tabela com os mesmos 28 pontos de rodadas atrás, a equipe aparece a cinco pontos do G4 da Série B.

Mesmo passando em branco nos últimos jogos, Cano é o único poupado pelos torcedores após série negativa – Rafael Ribeiro/Vasco

Na manhã de domingo, o dia posterior à última derrota e ao aniversário de 123 anos do clube, os muros da loja anexa ao Complexo de São Januário foram pichados por vândalos. Nas mensagens, críticas à diretoria, comissão técnica. E uma em claro tom de ameaça: “O Vasco tem que subir nem que morra alguém”.

Na saída de campo, Andrey não mediu palavras. Cria da base vascaína, o volante falou em “vergonha pela campanha na Série B” e que “está tudo errado”. Nomeou-se representante da torcida em campo, disse que o Vasco não pode estar nessa situação e que o elenco vai reagir.

Muros pichados em São Januário após derrota para o Operário – Reprodução

Lisca, com apenas um mês no clube, falou em “correcão de rota” e em “falta de características para jogar a Série B”. Nas declarações, o técnico já se mostrou insatisfeito com peças do elenco, mesmo evitando fazer críticas diretas, e pediu que a diretoria o ouça e tome providências.

A última semana não foi nada fácil. A diretoria convocou coletiva para “esclarecer” como reagirá a decisão da Justiça pela execução de R$ 93,5 milhões em dívidas trabalhistas do clube. Ao ser indagado sobre a situação financeira e esportiva do Cruz-Maltino, o presidente Jorge Salgado não foi contundente em suas respostas.

No sábado, quando o clube completou 123 anos, a festa, que teria live com presenças ilustres, foi cancelada. O que chamou atenção mesmo foi um protesto das torcidas organizadas em frente ao portão principal do estádio de São Januário, com cobranças ao mandatário do Vasco e ao diretor executivo Alexandre Pássaro.

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook

Comentários