Vascaíno e com trajetória na base do clube em 2005 e 2008, o zagueiro Anderson Conceição se emocionou em sua apresentação ao Vasco. O jogador relembrou o esforço da mãe, dona Manuelina, em conseguir dinheiro para comprar a passagem da Bahia, para o Rio de Janeiro, para o filho realizar o sonho de jogar no time do coração.

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“Então, foi até engraçado a minha chegada aqui. Eu sou da Bahia e minha mãe teve que trabalhar em três lugares para conseguir uma passagem para mim… e foi por ela que eu jogo e só iria voltar quando fosse profissional e graças a Deus eu passei no teste, liguei para ela e disse “não volto mais”, disse o zagueiro muito emocionado, que completou.

Anderson Conceição carrega na pele o carinho pela mãe, Dona Manuelina, responsável pelo início do jogador no futebol – Joel Silva/Jogada10

“Isso me marcou muito. Sou de uma geração de guerreiros, que persevera. Muita gente que não jogou naquela época me disse nas redes sociais “joga por nós também, que você está tendo essa oportunidade para isso”. Sou muito trabalhador. Estou chegando e não é para passear não”.

Na base do Vasco, Anderson Conceição jogou com Alan Kardec, Vilson e Alex Teixeira, mas não teve oportunidades. Foi fazer carreira fora do Rio e rodou bastante por clubes do Brasil e até mesmo do exterior. Isso lhe deu experiência, principalmente em Série B. Em 2022 o zagueiro vai disputar a 8ª edição e conseguiu três acessos, por Joinville (campeão em 2014) América-MG (2015) e Cuiabá (2020), clube que escreveu uma bonita história e é tratado como ídolo.

“O Zé me ligou, conversamos antes de eu chegar e isso é muito bom. Pela minha experiência, essa vai ser a 8ª Série B e ganhei três. Conheços os atalhos e falei para ele que estou muito feliz pelo desafio. Fiz uma campanha feliz no Cuiabá e desejo fazer o mesmo aqui”.

Anderson Conceição (à direita) com Alan Kardec, Vilton e Alex Teixeira, em 2008 – Arquivo pessoal

Anderson Conceição sabe o que o Vasco precisa fazer para conquistar o objetivo e afirmou que o clube está no caminho certo.

“Você precisa ter um trabalho muito focado na temporada. Precisa ter um coletivo que queira a mesma coisa, não deixar que as coisas ruins entre nesse grupo. Teremos momentos bons, ruins e na dificuldade é não sair dos trilhos. Esse é o caminho, a diretoria está selecionando a dedo esse perfil. Vai ser a mais difícil que eu já joguei. Precisa ter muita fome, porque não é só com a técnica que vai se conseguir. Tem que ter essa mentalidade, de time aguerrido, que quer buscar a vitória a todo momento”.

Anderson Conceição tem 32 anos e assinou contrato com o Vasco até o final da temporada.

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Maior desafio
“Eu aceitei esse desafio por ser o maior da minha carreira. Sou vascaíno e chegar em um momento de reconstrução é um grande desafio da carreira”.

Inspiração em Mauro Galvão
“É um número pesado. Sempre gostei de jogar com o número 4. Eu já perguntei se a 4 estaria disponível, como a do Mauro Galvão, zagueiro lendário que passou por aqui. Se Deus quiser quero ter sucesso também”.

Vibração da família ao fechar com o Vasco
“Quando eu disse que estava acertando com o Vasco, você não imagina a festa da minha família. Vamos trabalhar bastante para fazer o Vasco voltar a Série A. A primeira coisa é se cobrar e pode ter certeza que faremos isso dentro de campo”.

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Ambiente do clube
“Minha recepção foi muito boa, desde o porteiro ao Brazil. No nosso dia a dia estamos contruindo um grupo e estamos vendo isso nos treinamentos. O Zé gosta de trabalhar as linhas, que pressione a bola e aos poucos vamos nos conhecendo, tem gente chegando ainda, mas estamos tirando de letra”.

Dificuldade da Série B
“Você muda muito de um jogo para o outro. Campo, time, logística diferente. Tem que se adequar. Tem que trabalhar a cabeça para vencer, seja em qual gramado for”.

Bolas aéreas
“Sempre procurei sobre poscionamento e graças a Deus que uma das características boas é essa de tirar bolas de cabeça. Precisamos errar o mínimo possível e vamos trabalhar isso, eu o Cangá, o Ulisses, os meninos da base”.

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