O dia era 27 de junho. O local era São Januário. E o adversário era o Brusque, pela Série B do Brasileiro. O Vasco, conhecido por ser um clube de luta social, entraria em campo com seu uniforme para celebrar o apoio ao movimento LGBTQIA+, com a sua tradicional faixa nas cores do arco-íris.

Minutos antes de a bola rolar, o zagueiro Leandro Castan foi às redes sociais e fez uma postagem polêmica, usando uma passagem bíblica: “Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra”. A atitude causou revolta em alguns torcedores. Internamente, alguns jogadores se manifestaram a favor do colega de time e a diretoria disse que respeitaria todas as opiniões.

Leandro Castan é o capitão do Vasco e exerce papel de líder do grupo – Rafael Ribeiro/Vasco

Nesta quarta-feira (1º), o jogador falou pela primeira vez sobre o assunto. E mais uma vez levantou polêmica.

“Eu sou o primeiro a respeitar a instituição e o torcedor. Tenho gratidão pelo Vasco. No momento no qual expus o que acredito, quando eu fui, teoricamente, obrigado a vestir uma camisa, acho que algumas pessoas não gostaram. Mas eu respeito a todos e também acho que tenho de ser respeitado”, disse Castan em entrevista coletiva.

Castan também foi perguntado se teve algum tipo de problema com o atacante argentino Germán Cano. Autor do gol da vitória, o jogador celebrou erguendo a bandeirinha de escanteio com as cores do arco-íris e a imagem virou um símbolo na luta pelos direitos LGBTQIA+.

“Eu, como cristão, processando a minha fé, é aquilo que eu penso. Não ficou nenhum desconforto (com Cano). Muitos falaram que teve problema comigo e com o Cano. Não tivemos. E, se tivemos, resolvemos no vestiário”, completou o capitão vascaíno.

Confira na íntegra a coletiva de Leandro Castan:

Comentários