Apesar de ter contrato com o Vasco até 31 de dezembro de 2022, Leandro Castan despistou sobre o futuro no clube. Em entrevista ao jornalista Rica Perrone, o zagueiro e capitão do time afirmou que a sua permanência vai depender dos novos profissionais que vão comandar o departamento de futebol.

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“Vai depender de quem vai chegar, diretor, treinador. Se alguém chegar para mim e falar acabou, acabou. Eu estava na Roma, com contrato até 2020, ganhando em euro. Eles chegaram para mim e falaram que não dava mais e eu falei ok, vou embora. Fui lá e rescindi o meu contrato”.

Na última rodada, Castan sofreu duras críticas dos torcedores – Rafael Ribeiro/Vasco

A incerteza se dá pelo momento ruim de Castan junto aos torcedores. No empate com o Remo, o zagueiro foi hostilizado durante toda a partida, com vaias e xingamentos. O zagueiro se posicionou sobre o episódio.

“Eu tento fazer a minha parte dentro de campo. Essa é a verdade, porque tive várias oportunidades de ir embora e fiquei para ser o cara, para ser o herói, mas é aquele negócio, tem aquela frase do filme do Batman “ou você vira herói ou vive o suficiente para se tornar um vilão”. Hoje eu sou o vilão”, afirmou Castan, que continuou

“Não fico chateado com torcedor que vaia, que xinga. Ele está no estádio, pagou o ingresso e faz o que acha que tem que fazer. É o direito dele. Só não pode colocar a mão, agressão, violência. Agora o cara ir lá, xingar, é o direito dele, ele pagou o ingresso e faz o que ele quiser, tanto que eu não respondo, não falo nada, eu escuto, engulo seco e sigo em frente. Não sei se é justo ou injusto, dentro de campo eu tenho a consciência tranquila, que eu sempre dei meu máximo. Como eu sou zagueiro, quando eu erro, eu não consigo fazer um gol para esconder meu erro”.

Apesar das críticas, o jogador ressaltou o carinho que tem pelo Vasco, clube com o qual terá uma gratidão eterna.

“Eu gosto muito do clube, tenho uma gratidão pelo Vasco e todo mundo que está do meu lado sabe. É uma gratidão eterna, me fez sonhar em jogar futebol de novo porque para muitos eu não poderia jogar mais. Joguei muitos jogos, eu sei o que eu fiz aqui”, afirmou Castan, que revelou ter ainda um sonho para realizar pelo Vasco.

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“Fico com aquele sentimento de não ter conquistado um título importante, eu sonhava com isso, mas infelizmente nunca tive um time competitivo para me ajudar a conquistar isso. Vamos ver no ano que vem, quem vai chegar, o que vai acontecer. É um sonho que eu tenho”.

Nota para Salgado e crítica à Sá Pinto

Leandro Castan avaliou a gestão de Jorge Salgado e deu nota 7 para o trabalho que o dirigente vem desempenhado à frente do Vasco. Para o jogador, as críticas estão sendo feitas pelo fracasso dentro de campo.

“Dou Nota 7 para o Salgado. Acho que ele fez muita coisa neste ano aqui. Ele está sendo massacrado porque o resultado não veio. Quem está ali dentro, sentiu uma diferença muita grande”.

O capitão também opinou sobre a política do clube, sempre conturbada. Para Castan, esse assunto não lhe pertence mais e faz críticas aos envolvidos na confusão.

“Quando eu cheguei palpitei em tudo, futebol, política e muita gente guardou para falar hoje. Sempre falei porque eu sempre pensei, ‘vou participar dessa reconstrução’. Hoje, para mim, eu não tenho nada para falar porque o problema é deles. Eles mesmos estão acabando com o clube com essas brigas”.

Ao ser questionado sobre o pior técnico com quem trabalhou, Castan foi curto e grosso e elegeu o técnico Ricardo Sá Pinto, com quem trabalhou ano passado.

“Pior técnico foi o Sá Pinto. Eu não gostei dele”.

O Vasco é o clube que Leandro Castan mais defendeu na carreira. São 144 jogos desde agosto de 2018, quando foi contratado pelo Cruz-Maltino. Do atual elenco, o zagueiro perde apenas para Andrey e Nenê.

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