Marquinhos Gabriel é talvez a maior expressão de descontentamento dos torcedores do Vasco em relação à fraca campanha do clube na Série B. Contratado para ser o cérebro do time então comandado por Marcelo Cabo, o meia-atacante agradou nos primeiros jogos, mas logo passou a ser contestado por conta de sua lentidão. Na contramão disso, segue prestigiado a cada troca no comando técnico da equipe na temporada.
Embora conviva com a desconfiança da torcida, também incomodada pela falta de criatividade no meio de campo, Marquinhos Gabriel continua em alta apesar da rotatividade de treinadores no clube em 2021. Fernando Diniz, o atual comandante vascaíno, mantém o mesmo pensamento de Lisca e Cabo, seus antecessores.
“Não acho que o Marquinhos seja lento. É um jogador de volume, com características de assistência. Tem técnica, se ofereceu, veio buscar o jogo. Pelo meu olho, deve ser o que mais correu no jogo (contra o CRB). Esse estigma de lento temos que olhar com mais cuidado. Marquinhos tem muito a oferecer. Eu mesmo já tentei levá-lo para outros clubes e creio que vai dar muita alegria aqui”, avaliou Diniz, após sua estreia.
Nas duas partidas do Vasco sob o comando de Fernando Diniz e com a titularidade de Nenê, o camisa 31 se manteve entre os 11 iniciais. Contra a Raposa, domingo, em São Januário, o experiente meia teve atuação discreta. Chamou mais atenção pelo lance de imprudência ao agarrar Adriano na área durante cobrança de escanteio no segundo tempo.
O clube mineiro, inclusive, enviou três representantes à sede da CBF na Barra da Tijuca, na última segunda-feira, para reclamar da atuação do árbitro André Luiz de Freitas Castro, que ignorou o pênalti cometido pelo atleta vascaíno. Naquele momento do jogo, o placar estava 1 a 0 para os donos da casa.
Apesar das duas lesões sofridas desde o começo da temporada, o jogador de 31 anos segue como peça fundamental do Cruz-Maltino. Com sete gols e cinco assistências, é o oitavo na lista dos que mais defenderam o clube em 2021: 32 jogos. Enquanto Marquinhos Gabriel segue sem ser unanimidade fora de campo, dentro dele seus números continuam agradando os técnicos em um Vasco estacionado na tabela e cada vez mais longe do objetivo de voltar à Série A.
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