Ataque envolvente e defesa frágil na bola parada: essa é tônica do Vasco em 2021. Mesmo com apenas uma derrota no comando da equipe, Marcelo Cabo ainda precisa ajustar falhas para a Série B, o principal objetivo na temporada. Neste cenário, as jogadas de bola aérea e parada têm sido o problema grave e colocam em risco vitórias que deveriam ser mais tranquilas em virtude da produção do time.

Andrey em disputa pelo alto. Volante também atuou como um terceiro zagueiro na semifinal da Taça Rio – Rafael Ribeiro/Vasco

Apesar do saldo positivo na temporada, com 24 tentos anotados, a equipe sofreu gols em todas as 15 partidas disputadas, sendo 12 originados de lances com bola aérea e/ou parada. Na classificação à final da Taça Rio, os comandados de Cabo demonstraram novamente um vasto repertório ofensivo, com 21 finalizações, bola no travessão e quase 70% de posse nos 2 a 1 sobre o Madureira. O obstáculo corriqueiro é que basta um bom cruzamento na área para o adversário complicar a vida do setor defensivo vascaíno – já foram seis gols sofridos originados apenas por cobranças de escanteio.

“Se fizermos um gol e tomarmos quatro, se tomarmos um gol e fizermos três, é porque nosso time tem o DNA ofensivo. É claro que temos trabalhado bastante. Treinamos muito no dia a dia. Mas também tem a eficiência do outro lado, como foi o gol do Madureira. Não podemos tirar o mérito do gol do Madureira. Agora, se analisarmos o todo, a zaga se ouve muito bem. Foi uma única finalização do Madureira, então o sistema defensivo do Vasco funcionou muito bem. Claro que vamos buscar sempre a excelência. Mas é um desafio”, argumentou Marcelo Cabo.

A realidade presente no Carioca e nas duas primeiras fases da Copa do Brasil ligou o alerta pelos ares de São Januário, e o Cruz-Maltino precisa acertar os trilhos para uma competição que requer um grau de exigência maior, como é o caso da Série B do Brasileiro.

Gols sofridos pelo Vasco com bola aérea e/ou parada:

Vasco 2 x 1 Madureira – O mais recente gol de bola aérea sofrido pelo Vasco. Após cruzamento da esquerda na área, Castan e Zeca não se entenderam, e volante tricolor cabeceou sem chance a Vanderlei.

Vasco 3 x 1 Resende – Gol de bola aérea após cobrança de escanteio no primeiro pau, em que volante se antecipou à marcação.

Boavista 2 x 2 Vasco – Após cobrança de escanteio, atacante aproveitou rebote dentro da área.

Tombense 1 x 2 Vasco – Gol de bola aérea após cruzamento da esquerda na pequena área, em que atacante se antecipou à marcação de Zeca.

Bangu 2 x 4 Vasco – O segundo gol alvirrubro foi de bola aérea, em que zagueiro completou após escanteio.

Fluminense 1 x 1 Vasco – Gol de bola aérea após escanteio cobrado por Nenê, e que Fred mandou com estilo para a rede.

Madureira 2 x 2 Vasco – O primeiro gol foi de bola parada, em desvio após cobrança de falta. O segundo, de bola aérea, em que zagueiro subiu mais do que os defensores vascaínos após cobrança de falta rente à lateral direita.

Vasco 3 x 1 Macaé – Após cobrança de escanteio, zagueiro subiu mais que a marcação para cabecear para o fundo da rede de Lucão na primeira finalização do adversário na partida.

Vasco 2 x 2 Nova Iguaçu – Gol contra do zagueiro Ricardo depois de cruzamento (estreia de Marcelo Cabo).

Volta Redonda 1 x 0 Vasco – Após cruzamento da direita, atacante matou no peito dentro da área e finalizou para o gol (ainda sem Marcelo Cabo no comando).

Vasco 0 x 1 Portuguesa – Após cobrança de escanteio entre a linha da grande área e a marca do pênalti, zagueiro da Lusa cabeceou para fazer o gol do jogo (ainda sem Marcelo Cabo no comando).

 

Comentários