No próximo domingo, acontecerá a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para os sócios do Vasco decidirem se aprovam ou não a venda de 70% da SAF Cruz-Maltina para a 777 Partners. Nesse sentido, uma vez aprovada, a empresa assume o controle do futebol já no dia seguinte.

Cabe destacar que a votação se dará por maioria simples. Assim, é preciso 50% mais um dos votos dos sócios para que a venda seja concretizada. Além disso, no total, 6.385 associados estão aptos para participarem da votação, que será no modelo híbrido: tanto online quanto na sede do Calabouço.

O Vasco está a um passo se vender 70% das ações do futebol à 777 Partners – Rafael Ribeiro/Vasco.com.br

Entretanto, ainda há ações na Justiça que tentam inviabilizar a AGE. Por isso, abaixo, veja como estão as ações que já se tornaram públicas, conforme revelou o “ge”, incialmente:

PEDIDO PARA ABRIR CONTRATOS

Na Justiça, cinco sócios beneméritos entraram com uma ação para, dentre outros pontos, obrigar o Vasco a lhes abrir os contratos com a 777 Partners. No entanto, os pedidos de liminar, bem como o julgamento de primeira instância, foram negados.

Ainda assim, eles recorreram em segunda instância e até conseguiram uma vitória, no dia da reunião do Conselho Deliberativo, já que o desembargador deu razão ao grupo e notificou o Vasco para abrir os contratos. Contudo, o Vasco recorreu e derrubou a liminar. Hoje, portanto, só é possível recorrer em terceira instância, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

PLANTÃO NOTURNO NA JUSTIÇA

Este, aliás, é um desdobramento da ação anterior. Isso porque, assim que conseguiram a liminar favorável em segunda instância, o grupo de sócios acionou o plantão judiciário ainda no dia para suspender a reunião do Conselho Deliberativo que acontecia naquele momento.

A decisão, contudo, saiu apenas na madrugada do dia seguinte. A decisão foi favorável aos sócios, e o pedido da juíza de plantão foi para que suspendessem os efeitos da reunião do Conselho. O Vasco, então, recorreu e derrubou a liminar.

Portanto, o clube entende que o processo perdeu o objeto e seguiu normalmente o rito de aprovação, com a convocação da AGE para este domingo. Já o grupo de sócios alega que o Cruz-Maltino não respeitou a decisão judicial. A Justiça, todavia, ainda não se manifestou.

ALERJ

No início de julho, um movimento na mesma linha aconteceu. Isso porque a Comissão de Direitos  do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pediu para o Cruz-Maltino abrir os contratos e suspender o rito de aprovação. Inicialmente, o pedido até foi acatado e atrasou os tramites no clube, mas o Vasco conseguiu revogar a decisão.

Na sequência, esta comissão da Alerj recorreu em segunda instância. Nesse sentido, a desembargadora abriu prazo para que o Cruz-Maltino se manifeste – este, inclusive, foi o último movimento do caso até aqui.

MORTOS NA LISTA DA AGE

Já no dia 20 de julho, três sócios entraram com uma ação na Justiça com um pedido para a realização de perícia na lista dos sócios que votaram na AGE de abril. Dentre os pedidos, está o de que nomes de sócios que já morreram constam na lista. Ademais, o grupo também pede a produção antecipada de provas, isto é, a lista de votantes da AGE deste domingo.

A 33 Vara Cível negou os dois pedidos de liminar. No entanto, o caso ainda está na primeira instância, já que não há decisão do mérito.

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