Atacante Vinicius Junior, do Real Madrid - Divulgação Real Madrid
As bestas que ofenderam Vini Júnior não imaginaram, em momento algum, que a agressão radioativa, estúpida e inválida teria repercussão para muito além do futebol, como deveria ser – e foi. Em entidades esportivas, como a Fifa, ou para autoridades máximas de nações, incluindo a própria ONU. Sou neto de imigrantes – libaneses e britânicos – que sofreram muitas restrições no Brasil, quando por aqui chegaram, e conheço – por relatos desses estrangeiros – a difícil trajetória de ambos no país.
O racismo, ou qualquer manifestação semelhante, como ocorreu com o craque do Real Madrid, e com meus parentes em tempos passados, têm que ser punidas de forma exemplar. E mais, definitiva. No futebol ou em qualquer atividade. Não se trata apenas de respeitar o politicamente correto tão corrente – eventualmente hipócrita ou oportunista – dos dias de hoje, mas de condenar, até por hábito, o comportamento de imbecis que se julgam superiores, seja por posição social ou presunção de superioridade, não importa a natureza.
O que há agora, e só após a milésima repetição de episódio análogo, a esperança de providências que tenham o caráter definitivo, capazes de demitir e pôr responsáveis na cadeia, no âmbito geral, e de aplicar castigos suficientes para entidades e clubes regionais, nacionais e internacionais, arrancando-lhes pontos obtidos em competições, e até excluindo-lhes do cenário, o que serviria de exemplo para quem ousasse praticar gestos e ofensas verbais, ou considerasse expressar ofensas em impressos ou cartazes expostos publicamente.
Sou um crítico de procedimentos colonialistas que colaboraram para apagar a identidade de povos locais, mas é preciso – o que aprendi praticamente no berço, como neto e bisneto de estrangeiros – a separar o joio do trigo, ou seja, a entender o que trouxeram de bom ou de péssimo para o Brasil, e a conhecer a história dos que desembarcaram um dia por aqui – e os descendentes de escravizados foram maioria – para somar e ajudar a transformar o país com conhecimento, experiência de vida e esforço pessoal.
Seria fundamental que o triste episódio de Vini Júnior na Espanha fosse um marco na mudança de postura – não apenas dos nativos de lá, mas de todo o planeta, incluindo os brasileiros que ainda confundem alhos com bugalhos, e fazem da discriminação a razão de seus cotidianos.
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