Vídeo de violência no Senegal intensifica cobrança a volante do PSG na luta contra homofobia

A polícia do Senegal investiga um vídeo que está circulando nas redes sociais, que mostra um jovem sendo agredido por um grupo e  recebendo insultos homofóbicos. A indignação com a violência pôs lenha na fogueira da polêmica que envolve o jogador senegalês Gana Gueye.

Volante do PSG, ele não participou da partida de sábado (14/5) contra o Montpellier, pela 37ª rodada do Campeonato Francês. O técnico Mauricio Pochettino confirmou que o jogador não tinha qualquer lesão e que não entrou em campo “por motivos pessoais”. Há rumores de que Gana Gueye se recusou a usar a camisa da campanha contra homofobia que o time vestiu em alusão do Dia Internacional contra a LGBTQIA+fobia, data celebrada em 17 de maio.

A campanha envolveu 20 equipes da primeira divisão da França. E o Conselho Nacional de Ética da Federação de Futebol do país já pediu explicações ao volante sobre sua ausência no jogo. Em 2021, Gana também não atuou na data da manifestação. Na época, alegou gastroenterite.

O Conselho foi incisivo na afirmação de que a “luta contra a discriminação é essencial e constante”. E disse que quem se recusa a participar “valida o comportamento discriminatório”. O Conselho sugeriu que Gana publique uma foto vestindo a camisa da campanha para eliminar a suspeita de que ele não compactua com os valores da luta contra a homofobia.

As críticas sofridas pelo jogador na França foram rebatidas por vários senegaleses, inclusive o presidente do país, Macky Sall.  O vídeo que agora circula na internet mostra uma multidão gritando “A homossexualidade não será aceita no Senegal”. O rapaz recebe golpes nas costas e na cabeça. E pessoas enfurecidas gritam que vão matá-lo antes da chegada da polícia.  Um policial disse a jornalistas da AFP, sem se identificar, que o rapaz não falou nada durante as agressões e que foi salvo por policiais e levado à delegacia pouco depois.

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