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Em seu reencontro com o Valencia no Mestalla, Vini Jr marcou para o Real Madrid e comemorou com gesto de protesto contra o racismo - Foto: Jose Jordan/AFP via Getty Images

O atacante Vini Jr é mais uma vez alvo de ataques na Espanha. Dessa vez, o jogador brasileiro recebeu fortes críticas do ex-presidente do Valencia Paco Roig. Isso porque, em entrevista ao jornal espanhol “Relevo”, o ex-mandatário condenou o comportamento do camisa 7 do Real Madrid.

Especialmente as atitudes que o atleta teve no episódio em que sofreu racismo no Mestalla, estádio do Valencia.

“Ele (Vini Jr.) será um grande jogador, mas ele é um m*rda como pessoa. Sempre indo ao árbitro. Eu fui à América do Sul 20 ou 30 vezes e nunca aconteceu nada comigo. Eu vou lá com humildade e falo com carinho. Não posso ir lá dizendo que sou o conquistador. Esse cara não pode ser assim”, detalhou o antigo cartola.

“Ele (Vini Jr.) escalou a cerca no Mestalla e disse ‘você me chamou de filho da p*ta’. Eu estava no Mestalla naquele dia com meu neto e meu filho. Eu pensei que o chamavam de macaco. Mas não. E eu disse ao meu neto, ‘o que eles estão dizendo?’, e ele respondeu: ’Eles estão dizendo que (ele é) estúpido’, complementou o ex-presidente.

Em seguida, Roig também fez críticas aos Merengues e o classificou como “forasteiro”.

“Antes não havia tais problemas ou eu não notava. Romário era meio negro e não tinha problemas (no Valencia). É que em Madri tem esse cara (Vini Jr), que é. Eu chamo Madri de ‘Verdadeiro Imigrante’”, disparou o ex-presidente.

Relembre caso de preconceito racial com Vini Jr

O episódio de racismo em questão com Vini Jr, ocorreu em maio do ano passado, no estádio Mestalla, casa do Valencia. Posteriormente, as investigações identificaram três torcedores do Valencia como autores do crime. Até que a Justiça espanhola puniu-os com oito meses de prisão, em junho deste ano. Além de uma proibição de frequentar estádios de futebol por dois anos. Após a resolução, o atacante brasileiro se manifestou.

Assim como o Real Madrid também se posicionou e garantiu que irá “continuar trabalhando para proteger os valores do clube e erradicar qualquer comportamento racista no mundo do futebol e do esporte”. No reencontro com o Valencia no Mestalla, em março deste ano, ele marcou os dois gols dos Galácticos, o segundo garantiu o empate com os donos da casa. Por sinal, ele comemorou com gesto contra o preconceito racial.

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