Do outro lado do Oceano Atlântico, o técnico Vitor Pereira, sem clube no momento, não guarda boas recordações do futebol brasileiro. Afinal, saiu do Corinthians pela porta dos fundos ao afirmar que cuidaria da sogra e, dias depois, estava no Flamengo. No Rio de Janeiro, por sinal, disputou quatro finais e voltou a Portugal de mãos vazias. Aliás, nem beliscou uma mísera Taça Guanabara. Assim, a Nação não nutre nenhuma simpatia por ele. Agora, com a cabeça mais fria, o treinador faz um balanço de sua passagem pelo Rubro-Negro.

“Quando cheguei, disputei títulos sem treinar. No Brasil, as viagens são um problema, são muito grandes, as diferenças de temperatura são enormes, há muitas competições, com pouco tempo. Eu preciso de implementar a minha forma de jogar e no Flamengo não tive tempo”, lamentou VP, em entrevista ao jornal espanhol “Marca”.

VP é persona non grata no Ninho do Urubu – Foto: Mauro Pimentel/AFP via Getty Images

Pereira não deixa saudade no Flamengo

O técnico comandou o Corinthians em 2022. Não ganhou nada, mas levou o Timão à fase de grupos da Libertadores e a um vice-campeonato da Copa do Brasil. No início de 2023, passou ao Flamengo, onde só acumulou insucessos: caiu na semifinal do Mundial de Clubes e perdeu os títulos da Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Carioca. Em abril, o clube carioca o demitiu.

Pereira lembra a dificuldade de se adaptar às peculiaridades do Brasil, mesmo acreditando ter feito um bom trabalho no Corinthians. Ele critica o futebol pentacampeão mundial novamente.

“No Brasil, há bons treinadores locais, mas eles procuram adaptar os processos táticos do treino europeu à incrível qualidade técnica do futebolista brasileiro. No caso dos treinadores portugueses, ajuda o fato de o idioma ser o mesmo. O mau no Brasil é que não há projetos. Você depende sempre do jogo seguinte”, afirmou VP.

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