Volante do Botafogo, o jovem Kayque, de 21 anos, revelou em uma postagem nas redes sociais que sofreu uma abordagem violenta da polícia e ainda acusou os agentes de racismo. O jogador afirmou que foi tratado de maneira desrespeitosa pelo fato de ser negro e que os agentes ainda teriam insinuado que ele e um amigo, que estavam em um carro, foram comparados a bandidos. O local e a hora do acontecimento não foi revelado pelo atleta.

Kayque queixou-se de racismo da Polícia no Rio de Janeiro – Vitor Silva/Botafogo.

“Passando aqui para falar de um assunto chatão. Vocês sabem que eu não gosto de falar em rede social, vivo minha vida do jeito que tenho que viver, mas não está dando do jeito que está. Fomos parados novamente, os policiais fizeram inúmeras perguntas tendenciosas, insinuando, em outras palavras, que éramos bandidos, traficantes, usuários de drogas. Você não pode ser preto e estar em um carro maneiro, você não pode ser preto e estar em um lugar maneiro, não pode ser preto e estar com uma meta (dinheiro) no bolso, entre outras coisas… Estou passando aqui para mostrar minha indignação porque a gente rala pra caramba pra conquistar tudo que temos hoje, para dar coisa boa pra nossa família. Fui parado e tratado como bandido. O amigo que tá aqui comigo foi tratado como bandido também por morar na favela. Eles pensam o quê? A gente é trabalhador, acorda cedo, vai atrás, não cai nada do céu não. Estou vindo aqui porque vocês também tem que expor a indignação de vocês. Como acontece comigo o tempo todo deve acontecer com outras pessoas também”, escreveu Kayque.

Por meio de uma publicação nas redes sociais, o Botafogo manifestou solidariedade a Kayque.

Por opção do treinador Enderson Moreira, o volante ficou no Rio de Janeiro e não ficará à disposição do Botafogo para a partida contra o Operário-PR, nesta quinta-feira (12), às 21h30, pela 17ª rodada do Brasileirão Série B. O meio-campo deve ser formado por Oyama, Barreto, Pedro Castro e Marco Antonio.

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