Logo depois de Paulinho, foi a vez de Bruno Praxedes vestir a camisa do Vasco pela primeira vez, em apresentação oficial no CT Moacyr Barbosa. Aliás, o meia já vinha treinando há dois dias com o grupo e está inscrito na CBF. Ou seja, deve viajar para encarar o Corinthians, sábado (30), às 18h30. Ele chega por empréstimo do RB Bragantino até dezembro e, afinal, está acostumado com a Série A. Em suas primeiras palavras, lembrou que começou na base em São Januário e revelou que o papo ao vivo que teve com o técnico Ramón Díaz foi decisivo.
Aos 21 anos, Praxedes vinha sendo pouco utilizado no Massa Bruta. Após cair de rendimento, em 2022, perdeu espaço e o desafio do Vasco, em situação crítica no Brasileirão, o motivou a dar a volta por cima. A confiança no projeto também vem da parceria antiga com Paulo Bracks, diretor esportivo da SAF, e com Abel Braga, coordenador de futebol. Ele trabalhou com ambos no Internacional, em 2020.
“A vida é feita de altos e baixos. Eu estava muito bem, mas em determinado momento eu dei uma caída. Nunca perdi a confiança em mim mesmo. Eu trabalhei, vou continuar trabalhando. Hoje estou aqui no Vasco, espero retomar meu bom futebol e dar alegrias ao torcedor”, afirmou Praxedes, que usará a camisa 21.
Versatilidade e estilo de Ramón Díaz
No meio de campo, assim como Paulinho, o novo reforço garante que não tem preferência de atuar mais recuado ou adiantado, pisando na área, que é a característica que o Vasco mais precisa no momento. E citou que ficou animado com o que ouviu de Díaz.
“A gente conversou, tivemos uma conversa muito boa sobre o estilo de jogo dele, a forma que ele gosta de jogar, sobre a intensidade que ele coloca nos treinos. Isso foi algo que eu gostei da conversa. Achei que valeria a pena aceitar o desafio. Eu disse “sim”, ele disse “sim”, e hoje eu estou aqui. Espero poder ajudar”, explicou Praxedes, sobre o encontro no dia 15, após o jogo entre Botafogo e RB Bragantino.
Há doze anos, quando o Vasco conquistava a Copa do Brasil em seu último grande momento, o pequeno Bruno vestia a camisa cruz-maltina no sub-09. Não ficou por muito tempo, mas guardou o carinho da passagem em seu início.
“O Vasco é um clube que eu tenho um carinho, uma admiração enorme. Ver o Vasco na situação que está hoje não me deixa nada feliz. Me senti no direito de voltar para tentar ajudar a equipe. (…) Eu já fui da base aqui, minha mãe que sempre falava “um dia você vai voltar para o Vasco” (risos). E aqui estou eu novamente, muito feliz. Dez anos depois eu volto e me sinto em casa”, garantiu.
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