Um terremoto de magnitude 7,8 na região central da Turquia e no noroeste da Síria, na manhã desta segunda-feira (6), já matou cerca de 1.600 pessoas (números até as 12h30 desta segunda-feira). O cenário é de devastação e de medo, além do luto pelas mortes e pela quantidade de desaparecidos. No país europeu, o volante Willian Arão, ex-jogador do Flamengo e que joga no Fenerbahçe, de Istambul, falou sobre o clima na Turquia após a tragédia.

“Os turcos e nós também estamos recebendo (a situação) de uma forma devastadora porque é uma tragédia sem precedente. Eles são muito patriotas. Estão todos mobilizados para tentar ajudar para tentar prestar serviço de alguma forma. Companheiros nossos de trabalho estão soterrados, suas famílias também, então é uma tragédia imensa. Infelizmente o clima também não tem ajudado, porque em algumas partes ainda há neve, tem muito frio, então isso também dificulta um pouco, mas é um clima de luto mesmo, muita tristeza”, disse Arão.

Terremoto na Turquia já matou 1.600 pessoas – Reprodução

“Eu não senti, a gente não sentiu o tremor aqui em Istambul. Depois de saber, tranquilizei a família, perguntei como a minha família aqui em Istambul estava, porque como a gente tinha jogo, eu estava concentrado. Depois também falei com os meus irmãos, falei com o meu pai, dizendo que estava tudo bem, mas a gente jogou nessa cidade, em Gaziantep, há semanas, e provavelmente muitas dessas pessoas estavam no estádio também”, completou o jogador, que mora em Istambul.

Em resumo, cerca de 5.000 pessoas ficaram feridas com o terremoto que atingiu a Turquia e o noroeste da Síria. Por enquanto, o número de mortos está na casa de 1.600, mas a tendência é que cresça com a busca de corpos soterrados. Aliás, esse terremoto foi na mesma magnitude que o de 1938, que vitimou 30 mil pessoas na Turquia.

Escombros após o terremoto de magnitude 7,8 – Reprodução

Apreensão por notícias de sobreviventes

“Os próprios jogadores que têm amigos, alguns trabalhadores do nosso time, os funcionários, todos eles têm amigos de algumas partes desses lugares [atingidos]. Então, você vê apreensão neles e sente a dor deles, porque pode acontecer com qualquer um. É muito triste. Você vê crianças, você vê gente de todas as idades, e como eu disse, tem ainda a questão do frio também que em algumas partes estão com -2, -3, sensação de -5°C.”

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Ajuda da população turca

Willian Arão revelou que há uma corrente de solidariedade por toda a Turquia. Assim, o jogador externou que moradores de Istambul estão se deslocando para Gaziantep para ajudar na busca por desaparecidos. Além disso, Arão contou que o Fenerbahçe busca alternativas para que o clube, incluindo os atletas, possa ajudar neste momento difícil.

“Tem muita gente se mobilizando, já tem muita gente saindo propriamente de Istambul, que é propriamente onde eu vivo, indo pra lá (área mais afetada), ajudando, todo mundo de alguma forma tentando ajudar. Eu consegui ver o pessoal do clube tentando bolar uma estratégia pra ver como nós, jogadores e o próprio clube, poderíamos ajudar de alguma forma. O que eu posso fazer nesse momento é orar pra essas famílias, orar pra que eles consigam resgatar o maior número de pessoas possível, porque é devastador mesmo”, explicou.

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