Convidado pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Resultados nesta terça-feira (22), Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, negou qualquer tipo de participação dos árbitros brasileiros com a máfia que está sendo investigada de manipular jogos das Séries A e B. 

“Não recebi nenhuma informação ou contato em relação a isso. Assim, se eu tivesse recebido, eu já tinha procurado o Ministério Público”, disse Seneme.

Seneme durante a participação na audiência desta terça – Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A convocação de Seneme aconteceu porque os parlamentares consideravam que o ex-árbitro poderia contribuir com “informações esclarecedoras e fatos relevantes para as investigações em curso”, como descreve um dos requerimentos. Dessa forma, quatro parlamentares diferentes fizeram o convite.

“A gente faz semanalmente reuniões com mais de 800 profissionais pra tratar de cuidados que os árbitros devem seguir, formas de se preservar. Inclusive num contexto familiar, na chegada aos estádios, durante as viagens”, explicou Seneme.

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De acordo ainda com Seneme, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou à CBF todo o material de áudios e vídeos do árbitro de vídeo das partidas das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Mas ele frisou que o material já foi enviado.

Nino Paraíba irá nesta quarta-feira na CPI

A CPI da Manipulação de Resultados terá um novo encontro nesta quarta-feira (23). Afinal, os parlamentares vão conversar com o jogador Nino Paraíba, que foi suspenso pelo STJD por envolvimento em manipulação em jogos de 2022.

O lateral-direito recebeu dinheiro para levar cartão amarelo em três partidas quando defendia o Ceará (Flamengo, São Paulo e Cuiabá). O atleta – atualmente no Paysandu – não foi denunciado e se tornou testemunha após um acordo com o MP-GO.

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