A Real Arenas, braço da WTorre e responsável pela gestão do Allianz Parque, tem até esta quarta-feira (21) para pagar os R$ 128 milhões que deve ao Palmeiras. Este valor é de pagamentos não feitos ao clube nos últimos oito anos. A notificação chegou para a empresa na última sexta-feira (16). A construtora recebeu três dias úteis para fazer o depósito ou contestar a cobrança; o prazo se esgota nesta noite.

Caso a empresa não realize o pagamento, a Real Arenas passa a ter 15 dias para responder à ação. Contudo, a construtora pode sofrer penhoras e outras sanções. A WTorre ainda não informou o que deve fazer neste momento, mas reafirmou, em nota, que não deve nada ao Palmeiras.

WTorre é responsável pela gestão do Allianz Parque – Foto: Cesar Greco/Palmeiras

“A Real Arenas reafirma que não deve R$ 128 milhões para o Palmeiras e que os débitos de ambas as partes estão em arbitragem em curso. A empresa informa que analisou o conteúdo da citação e tomará as medidas cabíveis”, diz a nota da WTorre.

A briga entre Palmeiras e WTorre

O Palmeiras cobra R$ 128 milhões da Real Arenas, empresa da WTorre que cuida do Allianz Parque, por receitas que não chegaram aos seus cofres desde 2015. Aliás, o Verdão tem direito a percentuais que crescem ao longo dos 30 anos do acordo com a construtora, por contrato.

Os valores são referentes ao aluguel da arena para shows, exploração de setores, locação de camarotes e cadeiras, além de naming rights. O Verdão alega que os repasses foram feitos em apenas sete meses: novembro e dezembro de 2014, e de janeiro a junho de 2015 (exceto maio daquele ano).

Depois do período, a WTorre não realizou mais os pagamentos ao Palmeiras. A empresa ainda relata os valores que precisavam cair na conta do Palmeiras todos os meses, mas não depositou. A briga judicial corre desde 2017, por meio de uma ação de execução de título extrajudicial.

Aliás, no começo de 2018, a ação foi extinta, sob o argumento de que o tema deveria estar sendo realizado na corte arbitral. Contudo, o Verdão entrou com recurso, pois entende que o valor devido é incontroverso nos relatórios. Na época, o Palmeiras cobrava R$62 milhões da empresa. Agora, o Alviverde colocou todo o valor devido desde 2015 no processo, chegando a R$ 128 milhões.

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