Seleção Brasileira

A volta do Coronel Nunes ao comando da CBF

Com Rogério Caboclo afastado por 30 dias da presidência da CBF, a mando do comitê de ética da entidade, depois da  denúncia de assédio sexual e moral contra uma funcionária, o cargo passa a ser ocupado instantaneamente por Antônio Carlos Nunes, mais conhecido como Coronel Nunes, por ser o mais velho dentre os oito vice-presidentes. Nunes está de volta ao posto depois de dois anos: em 2017, ele assumiu interinamente após Marco Polo del Nero se licenciar em meio a um escândalo que agitava a entidade. Ele ficou no cargo até 2019.

Caso Caboclo seja retirado definitivamente, Nunes terá 30 dias para organizar uma eleição da qual só podem se candidatar os vices. Além de Coronel Nunes, a CBF tem como vice-presidentes Antônio Aquino, Ednaldo Rodrigues, Castellar Guimarães, Fernando Sarney, Francisco Noveletto, Marcus Vicente e Gustavo Feijó.

Coronel Nunes está de volta à presidência da CBF – Lucas Figueiredo/CBF

Antonio Carlos Nunes foi presidente da Federação Paraense de Futebol por seis mandatos e é coronel da reserva da Polícia Militar de seu estado e chegou a ser prefeito biônico em Monte Alegre (PA) no período da ditadura militar. A eleição de Nunes para ser um dos vice-presidentes da CBF causou muita polêmica à época e foi apontada como uma manobra política de Marco Polo del Nero. Nunes, apesar de ser natural da Região Norte, foi eleito como representante do Sudeste. O objetivo seria tirar da linha sucessória Delfim de Pádua Peixoto Filho, de Santa Catarina, opositor de Del Nero, e que à época era o vice mais velho. Delfim era ex-presidente da federação de seu estado e morreu no acidente aéreo que vitimou a delegação da Chapecoense na Colômbia, em 2016.

Na Copa de 2018, Nunes cometeu uma gafe de proporções tão grandes que provocou uma espécie de incidente diplomático com a Concacaf (Confederação das Américas Central, do Norte e Caribe) ao votar na candidatura do Marrocos para sede da Copa de 2018, rompendo um acordo que a Conmebol tinha feito pela candidatura conjunta de EUA, Canadá e México, que acabou vencendo. Os demais dirigentes presentes ao Mundial da Rússia, tiveram que isolar politicamente o Coronel Nunes e pedir desculpas formalmente à Concacaf, alegando que o voto no Marrocos foi uma “decisão particular”.

Flávio Almeida

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