Abel Ferreira evitou polêmicas depois do empate do Palmeiras por 1 a 1 com o Flamengo neste domingo (21), no Allianz Parque, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico português fugiu de assuntos embaraçosos após receber críticas de colegas de profissão. E fez elogios à arbitragem de Ramon Abatti Abel.

“Odeio perder, não quero fazer amigos dentro das quatro linhas. Desculpa, sou assim. Quero ganhar. Mas fora, podem ter certeza que sou legal, tranquilo e tímido”, disse, em suas primeiras palavras.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras – Cesar Greco / Palmeiras

Nos últimos dias, o comandante palmeirense recebeu ataques de Cuca, do Atlético, Jorginho, do Atlético-GO, e Mano Menezes, do Internacional. O português admitiu que exagera em algumas ocasiões, mas fez um pedido para que a avaliação seja restrita ao trabalho desenvolvido, e não à sua pessoa.

“O futebol, e começo por mim… quando falo, eu me ouço. Temos que dar exemplo para a sociedade. As pessoas aqui são muito apaixonadas pelo futebol. No meu prédio, tiro fotografias com palmeirenses, torcedores do Corinthians, São Paulo, Flamengo… sem problema”, continuou o treinador.

“As pessoas falam no restaurante que sou parte de tudo, mas a minha vida fora é outra coisa. Tenho essa responsabilidade e gosto muito. Um dos meus fundos do computador é esse: cultura humanista, com uma foto minha. Mas competindo, eu tenho que atropelar. Quando jogo com minhas filhas, minha esposa fala que eu sou insensível. Eu digo que a vida vai bater muito e temos que nos preparar. Quando estou competindo, quero ganhar. Fora, são outros quinhentos. Não tenho problema com ninguém. Estou em paz comigo e com os outros. É como eu penso. É o Abel homem, Abel treinador tem outro cenário”, acrescentou.

Abel volta a elogiar técnicos brasileiros

Abel ainda concluiu com um cordial “obrigado pela pergunta” antes de elogiar mais uma vez os profissionais que atuam no Brasil.

“Vocês sabem o que penso dos treinadores brasileiros, minha primeira chance foi com Paulo Autuori, minha primeira convocação foi com Luiz Felipe Scolari (técnico do Athletico). Conheço alguns pessoalmente: Scolari, Autuori, Mano. Mas não conheço outros. Respeito as opiniões, está tudo em paz, mas competindo eu ligo meu modo competitivo. E não tenho muito mais a dizer”.

“Estou bem comigo mesmo. Uma coisa é competir, e se eu tivesse perdido não estaria aqui assim. Odeio perder, tem a ver comigo. Por isso privo tanto minha parte pessoal. Me julguem como treinador, mas a parte pessoal é meu cantinho sagrado. Vocês viram (Antonio) Conte e (Thomas) Tuchel agora, faz parte. O que acontece nas quatro linhas morre ali. E vocês aqui são muito apaixonados por futebol”, comentou, referindo-se ao desentendimento entre os técnicos de Chelsea e Tottenham.

Abel vê Palmeiras superior a rival em empate

Abel Ferreira, então, analisou o empate contra o Flamengo. Com o empate por 1 a 1, a distância entre os rivais permanece de nove pontos na tabela do Brasileirão.

“Na primeira parte, fomos melhores, mas futebol é eficácia. Nosso adversário teve duas chances de bola parada no primeiro tempo, além do excelente gol. Tivemos calma, confiança, foi a mensagem que passei e sempre passo aos jogadores. Tínhamos que ser mais audaciosos e ir para cima do adversário. Voltamos bem para o jogo. Nosso adversário só teve uma chance com o Cebolinha, e nós tivemos a do Zé Rafael, Rony, um gol anulado e fizemos tudo pela procura da vitória até o fim. Foi um ponto para cada, mas acho que o Palmeiras deveria ter vencido, até me baseando em estatísticas. Mas as estatísticas não ganham jogos. O Flamengo é muito bem treinado, c.

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