O Flamengo que venceu o Coritiba por 3 a 1 foi uma exceção. Pois o Brasileiro atual é muito curioso, dado que nenhum clube – quando surgiu a oportunidade – quis assumir a liderança, nos últimos tempos, tantos os resultados decepcionantes. Notadamente Atlético-MG, Internacional e o próprio Rubro-Negro.

Pareceu, aliás – e os mais fanáticos o dirão – que o Flamengo revisitou 2019. Nem tanto. Não se vá comparar, é claro, o time que andou jogando bola de gude recentemente com o da vitória sobre o Coxa. Mas deve se levar em conta a fragilidade do adversário, o fato de estar no Maracanã, e a quantidade de chances desperdiçadas, para quem tem um saldo bem modesto. Pior: não conseguiu terminar sem levar bola na rede.

Sim, torcedor de time grande deve ser exigente. No entanto, para não ser um pessimista completo, que só enxerga o que há de pior, vale dizer que o Flamengo mostrou pelo menos uma qualidade, indispensável aos que têm por objetivo ganhar o título: o desejo de decidir a partida assim que o jogo começou.

Ah… outro, digamos, detalhe, que pode até ter passado despercebido para quem só vê bola rolando: a preocupação em desmentir tudo que foi publicado sobre o clube, dentro e fora do campo, nos últimos dias: abraços, tapinhas e sorrisos efusivos a cada gol. Tipo “vamos-mostrar-prá-esses-caras-que-não-tem-nada-disso-que-estão-falando”. O problema é que os resultados, até então, diziam o contrário.

Quanto ao geral, o São Paulo, que até um dado momento pareceu sem muita ambição, é o único que tem conseguido ganhar alguma consistência. O Palmeiras e o Grêmio – nesse quesito – seriam os seus aprendizes. Mas não há, disputada a metade do campeonato, nenhum concorrente que se afirme favorito. Na prática, não seria absurdo julgar que conquistará o título aquele que menos utilizar o maldito rodízio e derrotar com a maior freqüência possível – como o Flamengo fez diante do Coxa – os adversários mais frágeis.

Só para terminar, a pergunta que não quer calar: você já cobrou um pênalti, na vida e no campo, de forma absolutamente irresponsável, como fez o Vitinho na quarta passada?

Farsa

É fundamental avisar a todos que não tenho responsabilidade sobre o tal “Almanaque do Flamengo” que foi lançado em outubro de 2020. O editor não atendeu à solicitação que fiz – excluir o meu nome – e ignorou o óbvio, ou seja, mostrar os originais ao autor antes de enviá-los à gráfica para a impressão definitiva. O monstrengo está coalhado de erros e omissões. A propósito: não quero dinheiro algum desse almanaque farsante. Só ver meu nome fora disso. Estou tomando providências para tal.

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