O zagueiro Leandro Almeida, que já atuou no Atlético-MG, no Palmeiras e no Internacional, aparece em prints de conversas com Eduardo Bauermann, do Santos. Assim, ele supostamente negocia manipulação de resultados dentro do esquema criminoso de apostas, investigado pelo Ministério Público de Goiás.

Leandro e Bauermann foram companheiros por um curto período no Inter, em 2016. Entretanto,  Leandro joga atualmente no Zebbug Rangers, na ilha europeia de Malta. Já Bauermann foi suspenso do Santos por causa da investigação das apostas. Afinal, ele se tornou réu e é um dos principais nomes apontados no processo.  O anúncio oficial da suspensão do contrato foi no dia 16/5.

Leandro Almeida passou pelo Internacional, onde jogou com Bauermann – Divulgação

MP analisa conversas de Leandro Almeida com Bauermann

Nos documentos, obtidos pelo portal Superesportes, Leandro e Bauermann conversam entre os dias 3 e 16 de novembro de 2022. Neste período, Bauermann teria feito acordo com apostadores para receber cartão amarelo no jogo contra o Avaí em 5 de novembro e um vermelho contra o Botafogo no dia 10. Segundo as investigações, Bauermann não conseguiu cumprir as promessas e chegou a receber ameaças.

Nos diálogos analisados pelos promotores de justiça, Leandro questiona Bauermann sobre o fato de a odd do zagueiro do Santos ter caído num site de apostas. Odd é o valor pelo qual a aposta é multiplicada se o resultado foi positivo. Assim, o veterano de 36 anos pergunta ao jogador do Santos se alguém mais tem envolvimento na negociação.

“Irmão, você combinou com mais alguém? Sua cotação caiu de 5 para 3.60 e agora 2.50 e ficou até suspenso o cartão” – pergunta Leandro, num trecho da conversa.

Então, Bauermann responde que não falou com ninguém sobre o esquema e sugeriu deixar o acordo para o jogo seguinte: “Mais garantido”.

Conversas de Bauermann com Leandro Almeida são investigadas por promotores de Justiça no escândalo da máfia das apostas – Foto: Ivan Storti/Santos FC

As investigações da Operação Penalidade Máxima, a cargo do Ministério Público de Goiás, resultaram na instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que deve fazer a primeira reunião na terça-feira (23/5). A CPI tem Júlio Arcoverde (PP-PI) na presidência e Felipe Carreras (PSB-PE) na relatoria.

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