Portugal fez duelo equilibrado com Gana, mas venceu por 3 a 2, provavelmente pela maior habilidade de seus jogadores, notadamente Cristiano Ronaldo, que não fez partida brilhante, mas que é motivo de eterna preocupação do adversário, pois ajuda a confundir a marcação, seja lá de que time for. Curioso é que o jogo foi decidido na meia hora final, quando aconteceram cinco gols, com alternância no placar, mostrando que não houve uma supremacia absoluta. Restando pouco tempo, Portugal, com 3 a 1, tinha o triunfo nas mãos. Mas pouco depois sofria a ameaça de perder os três pontos, pois Gana decidiu arriscar, dado que não havia mais nada a lamentar.

Cristiano Ronaldo celebra o seu gol, o primeiro de Portugal sobre Gana – Divulgação/seleção de Portugal oficial

Assim, foi sofrido até o fim. Portugal não é inferior aos demais adversários do grupo, mas não ganhará com facilidade de nenhum deles. Afinal, tem tendência natural ao drama, como ficou evidente nos derradeiros minutos. E de outras ocasiões, como na derrota de 2 a 1 para a Sérvia, nas últimas eliminatórias. Naquele jogo, o gol de Mitrovic empurrou os lusitanos para a repescagem.

Coreia não é figurante na Copa

A propósito, embora ainda existam bobos no futebol, como provou a Costa Rica, não é mais é possível julgar que equipes outrora sem importância alguma continuem sendo figurantes. A Coreia do Sul, como se viu no 0 a 0 com o Uruguai, agora joga para ganhar, sem complexo de pequeno. Capaz de enfrentar seleções de tradição, e de ótimos jogadores, como a do Uruguai. Os asiáticos, muito aplicados e velozes, ameaçaram no primeiro tempo. Contudo, a partir da metade da etapa final consideraram conveniente ter maiores preocupações defensivas. Mas sem abrir mão de arriscar ações ofensivas.

Mas é fato que o técnico uruguaio, Diego Alonso, escala e mexe mal. Pois não utiliza seus craques como deve. Manter Arrascaeta, De la Cruz e Cavani na reserva é de um sadismo formidável. É de se imaginar o português Paulo Bento – aquele que deu vexame no Cruzeiro – invejando o banco do adversário, limitado a trocar os seus kims para buscar a vitória. Decididamente, os coreanos não serão figurantes na Copa. Mas o 0 a 0 foi sobretudo um castigo para a teimosia de Alonso.

Camarões surpreende, mas perde

Suíça e Camarões abriram o Grupo G com partida movimentada, na qual Camarões efetivamente surpreendeu, preocupado prioritariamente com o jogo ofensivo, tanto que manteve o adversário amarrado ao longo do primeiro tempo, desperdiçando pelo menos duas boas oportunidades. No entanto, mal começou a etapa derradeira e a Suíça fez 1 a 0 com o camaronês naturalizado Embolo, embora tenha tentado, a seleção africana não conseguiu sequer empatar. Com a vantagem, o time vermelho recuou estrategicamente. Apostou em contra-ataques, e mesmo sem aproveitar as chances que criou, fez o suficiente para segurar o resultado. O que se tem para dizer, em relação ao Brasil, pelo menos na teoria, é que a Suíça não é tão poderosa quanto sugeriu nos últimos tempos, e que Camarões é superior às previsões que analistas fizeram antes da Copa.

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