Ayrton Lucas 2 x 0 Fluminense

O Flamengo de Vitor Pereira – que entregou o Mundial de Clubes a um clube da Arábia Saudita e perdeu quatro títulos em 65 dias – venceu o Fluminense por 2 a 0. Mas o resultado não importa. O que vale no Flamengo hoje é demitir o treinador lusitano. Com ele, o Rubro-Negro não ganhará nada.

Flamengo e Fluminense fizeram um primeiro tempo equilibrado e de poucas emoções. Na realidade, o Tricolor surpreendeu, porque não soube explorar o confuso esquema do adversário, que manteve Éverton Ribeiro e Gabriel na reserva, e a exemplo do time das Laranjeiras, foi medíocre na mesma proporção. Como se observa, três ou quatro linhas – depende do corpo da letra – são suficientes para explicar o que houve até o intervalo.

Ayrton Lucas definiu

Na realidade, como no duelo da Taça Guanabara, ficou a impressão de que Fernando Diniz tomaria alguma providência para aproveitar, na etapa derradeira, a ignorância do colega rubro-negro. O Fluminense voltou para o resto do jogo com Gabriel Pirani no lugar de Keno, que não viu a cor da bola, mas, curiosamente, o Tricolor cometeu um erro primário, quando a retaguarda marcou a bola, e deixou Ayrton Lucas receber livre, pela esquerda, para fazer 1 a 0.

Com a vantagem, o Flamengo recuou como time pequeno, dando ao adversário a posse da bola e a oportunidade de consertar o equívoco no gol. Teria praticamente 45 minutos para tal. Aos 16, o pessoal da transmissão avisou que Vitor Pereira fazia anotações. Logo veio a esperança que fosse a tão esperada carta de demissão. Mas eis que o gênio d’além mar promoveu quatro substituições, lançando Felipe Luiz, Vidal, Éverton Ribeiro e Gabriel. Seria para uma retranca ainda mais feroz ou para um ataque em massa?

Aí Diniz trocou David Braz por Lima. Foi bem modesto. Aos 22, Ayrton Lucas invadiu a área e rolou para Pedro enfiar 2 a 0. E não é que o centroavante também estava sozinho? Mas o Fluminense começou a perder definitivamente o duelo quando Samuel Xavier passou o sarrafo desnecessariamente em Ayrton Lucas – descontrole inexplicável – empurrando a decisão para o domingo de Páscoa.

O Flu não jogará mal duas vezes

Aliás, não é possível que o Flamengo não tenha aproveitado o péssimo momento do Tricolor e a vantagem de um atleta para buscar o terceiro gol. A propósito: é pouquíssimo provável que o Fluminense jogue mal em duas ocasiões seguidas e que German Cano passe dois jogos completamente despercebido.

Logo, virá a pergunta do leitor, aquela que não quer calar: torces contra o Flamengo? Não. Quero é ver Vitor Pereira bem longe da Gávea. O que ocorrerá no próximo domingo.

Fora Vitor Pereira!

Os donos do clube conservam o cidadão no cargo, sem que haja motivos aparentes para tal, e ele vai empilhando fracassos, superando seus próprios recordes negativos. Não há quem suporte tecer críticas a cada jogo. Protestos são inúteis. Quem tem o poder de mando é que decide. E assim continuará. Fazer crônica de causa perdida a cada semana é estabelecer uma rotina extenuante para todos – quem escreve, lê e comenta. Cá entre nós, ninguém agüenta mais solicitar a saída do cidadão. É cada vez mais do mesmo. O pior é acompanhar essa desgraça por obrigação. Sim, o crítico é mala pesada e não vê outra solução: Vitor Pereira – que entregou o Mundial a um clube da Arábia Saudita – na rua.

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