O zagueiro Eduardo Bauermann conseguiu um habeas corpus e não precisará comparecer à CPI da Manipulação do Futebol na Câmara dos Deputados. O defensor havia sido convocado, na condição de investigado, para prestar seu depoimento sobre o caso.
Na prática, o habeas corpus, assinado pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), tira a obrigação de Bauermann aparecer à CPI. Vale lembrar que até a última segunda-feira Eduardo Bauermann não estava sendo localizado. Caso o defensor decida aparecer na Câmara dos Deputados, ele pode ficar em silêncio. Com o habeas corpus, o atleta também não precisaria assinar qualquer termo em que se comprometa a dizer a verdade.
Além de Eduardo Bauermann, outro jogador, Marcos Vinícius Alves Bezerra, conhecido como Romário, também chegou a receber o convite para depor, mas está desaparecido. A Justiça estuda medidas para encontrar o atleta e garantir seu depoimento.
A CPI da Manipulação do Futebol terá a presença de Ronei Ferreira de Freitas, atual presidente da Federação Goiana de Futebol; Cleyton Pereira dos Anjos, ex-presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol de Goiás; e Júlio César Garcias, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás.
Defesa de Bauermann pediu anulação da investigação
Aliás, nos últimos dias, a defesa de Eduardo Bauermann pediu a anulação da investigação contra o jogador na Operação Penalidade Máxima. Afinal, os advogados alegam que o MP-GO não tem competência legal para conduzir investigações fora do estado.
Para reforçar sua defesa, o zagueiro encaminhou à Justiça uma lista de testemunhas. Entre elas os treinadores Odair Hellmann e Lisca, o zagueiro Messias, além de André Mazzuco e Paulo Bracks, estes, últimos, diretores de Botafogo e Vasco, respectivamente.
Eduardo Bauermann e outros 15 nomes estão sendo indiciados na segunda fase da Operação Penalidade Máxima. Aliás, a investigação abrange ao menos 20 partidas dos Campeonatos Brasileiros das Séries A e B de 2022, além de partidas de campeonatos estaduais de 2023.
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