O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou, nesta quinta-feira (6/7), o recurso da Procuradoria a jogadores envolvidos em um esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro. A denúncia teve como base provas obtidas na investigação na Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público em Goiás.
O zagueiro Eduardo Bauermann, que se transferiu para o futebol da Turquia, teve a sua pena agravada. Afinal, pegou 360 dias de suspensão. Na primeira instância, ele havia sido punido com 12 jogos. O ex-atleta do Santos ainda levou multa de R$ 35 mil.
Na sessão em que houve a revisão dos votos, concluiu-se que os auditores irão pedir à CBF que a decisão seja estendida a nível internacional, considerando, assim, as regras da Fifa, que preveem a existência de “crimes graves contra o esporte”.
Isso porque a punição a Bauermann não tem valor fora do Brasil. Desse modo, a CBF pode pleitear junto à Fifa uma espécie de internacionalização da pena ao jogador, o que o impediria de voltar a atuar por um ano.
“Comunicamos, portanto, o resultado do julgamento para a CBF e ela decidirá o que achar certo. Assim, fica a critério da CBF a comunicação junto à Fifa”, afirmou José Perdiz, presidente do STJD.
Confira a revisão da pena dos outros seis atletas
Fernando Neto (ex-Operário): suspensão de 360 dias e multa de R$ 15 mil
Gabriel Tota (ex-Juventude): eliminação e multa de R$ 30 mil
Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino): suspensão de 360 dias e multa de R$ 25 mil
Matheus Gomes (Ipatinga): eliminação e multa de R$ 10 mil
Moraes (ex-Juventude): suspensão de 720 dias e multa de R$ 55 mil
Paulo Miranda (ex-Juventude): suspensão de 720 dias e multa de R$ 70 mil
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