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Hulk comemora gol pela o Galo. Herói faz 38 anos num dia mágico para qualquer atleticano  – Pedro Souza/Atlético

Há onze anos o mundo viveu um clarão de dignidade. Há 38 anos um herói atleticano nascia.
A bola de Giménez, do Olimpia explodiu na trave e a esperança regozijou-se, encontrando sentido à sua peregrinação. A decisão entre Galo x Olimpia começou no dia 24 de julho, mas não seria fácil assim. Afinal, houve prorrogação, disputas de pênaltis e todo roteiro inseparável de um atleticano: o sofrimento. Enfim, o filho da liberdade nasceria num lindo 25 de julho.

Nesse mesmo dia, há 38 anos, nascia Givanildo Vieira de Sousa, em Campina Grande, terra do Treze, o Galo da Paraíba. Sinais! Mas, assim como na vida do Galo, nada seria sem sentido ou fácil para o paraibano. Afinal, Hulk não conseguiu sucesso inicial no Brasil. Dessa forma, teve que perseguir, literalmente, com a força de um herói que surgia em si, o espaço entre os grandes do futebol mundial.

Quando o Atlético, com a luz de São Victor e as mágicas de Ronaldinho, se libertava das sacanagens dos Wrights e Aragões, Givanildo tinha que driblar o frio, o preconceito e o racismo na Rússia. Um dia após a estreia do Galo na Libertadores em 2013, no episódio da água de R10 e Ceni, do outro lado do mundo, Givanildo ajudava o Zenit marcando um golaço na ida e outro fatal, uma semana depois, que eliminou o Liverpool na Champions daquela temporada.

Ano de respostas para o Galo

Era um ano de respostas. Hulk e o Galo estavam conversando com o sucesso merecido, desatando os nós e dialogando mais diariamente com a tal da “justiça”. No fim de tudo, a órbita da terra se realinhou. Mas Hulk conquistou números e taças na Rússia, passou pela China e, em 2021 encontrou seu destino no Galo.

Mesmo já consagrado fora, ídolo no Porto, faltava a Hulk marcar seu nome no Brasil. Chegou com um Atlético edificando sua nova casa, convergindo a palavra “desejo” à taça de Campeão Brasileiro. Mas isso todos sabem o final… O que talvez não passe por cada memória atleticana é o desenho do destino, o caminho do “se”.

Não fosse a meia encardida

Não fosse Ronaldinho chegar e treinar no primeiro dia sem festa e anúncio, não fosse Victor contra Riascos, não fosse Ferreyra cair de frente para o gol aberto, não fosse um Guilherme frio contra o Newell’s e a bola iria na Avenida Silviano Brandão …Não fosse Leonardo Silva cabecear sem peso na consciência, não fosse Gilberto Silva no vestiário, não fosse Júnior César acreditar tanto em Deus, não fosse a mesma meia encardida do seu amigo e as mesmas posições de encontro na hora dos jogos…

… Enfim, não fosse tudo isso, em ordem cronológica perfeita, e uma conversa limpa com Deus para reparar 1977, 1980, 1981 e 1985 e, talvez, não teria o Galo uma casa nova e um herói do tamanho de Givanildo. Não fosse a confusão da vida atleticana e a confluência daquele dia 25 de julho e literalmente não haveria Hulk, Libertadores, a “Infinita Highway” e nem a casa nova.

Rapaz! Sabe aquela bola do Léo Silva? “Cê” acredita?! Ela caiu plena, no seu tempo e dentro de um abraço de mais de 8 milhões… Depois daquilo tudo mudou, o sol se abriu. João, aquele que não tinha lar, nem fé, construiu sua casa, igual ao Galo, na raça, ficou linda. Manoel, aquele nosso amigo, conquistou a Ritinha, aquela moça metida da Savassi, coisas que ninguém jamais imaginaria, “causos” de novela, sô. E, pra finalizar, a Cristiane está conseguindo formar sua filha em medicina trabalhando noite e dia, sendo pai, mãe e amiga.

Viva Hulk; Viva o Atlético

Depois daquele clarão na trave, naquele dia 25 de julho, tudo mudou, a força que não havia se criou. O Manoel conquistou a Ritinha, o Hulk nasceu e o Galo de São Victor se libertou.

Viva 25 de julho! Viva Hulk! E viva a Libertadores!

Alegria ainda que tardia, o Galo é verbo da melodia

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