O Galo está correndo risco de perder o seu diretor de futebol, Rodrigo Caetano, para a CBF. A ideia é aproveitar o bom relacionamento dele com o atual treinador Dorival Júnior e fazê-lo ocupar a função na diretoria de seleções. Assim, comandaria todo o departamento, incluindo as categorias inferiores.
Desde o fim da temporada, Rodrigo vem sendo desejado por vários clubes. Inclusive, recentemente, esteve muito próximo de fechar com a nova gestão do Corinthians. No entanto, o executivo atleticano, que vence muito no Galo, escolheu seguir em Belo Horizonte sem multa rescisória desde 1º de janeiro de 2024. Afinal, está ambientado e com família feliz.
A permanência de Caetano até aqui foi preponderante, por exemplo, para ajudar o Galo a fechar com o meia Gustavo Scarpa. O jogador era um desejo quase unânime da diretoria atleticana e teve uma negociação de alta complexidade.
Dono de um temperamento combativo, às vezes explosivo, Rodrigo conseguiu conquistar o torcedor do Atlético ao brigar com o “mundo” se assim fosse necessário. Tudo para defender os direitos do Alvinegro. Caetano nunca mediu esforços para blindar o clube, ir para as coletivas em momentos adversos ou até “brigar” com a arbitragem.
O certo é que, se no meio externo o executivo é “brigão”, internamente o vestiário do Galo é harmônico ou, no mínimo, respeitoso dentro da competitividade natural de um clube gigante do Brasil.

Rodrigo Caetano, um caso de sucesso no Galo Pedro Souza/Atlético

Resultados de Rodrigo Caetano

Mas não basta ser um bom gestor de elenco. Para a diretoria do Atlético, um fator preponderante para querer manter Caetano é que ele sabe negociar. E sabe valorizar os escassos recursos em comparação aos clubes de Rio e São Paulo. Em síntese: Caetano não é considerado “gastador” e isso agrada a quem investe na SAF. O orçamento é “teoricamente” multiplicado.
Rodrigo, claro, não será insubstituível assim como ninguém é no Galo. Mas será uma perda grande para aqueles que assumiram um time com dívidas vultosas e precisam de um gestor que tenha trânsito internacional, respeito dos “boleiros” e que saiba “fatiar” aquisições para ganhar tempo e fluxo de caixa.
Depois da saída de Eduardo Maluf em 2017, após seu falecimento, o Atlético só se encontrou no equilíbrio vitória x gestão com o gaúcho “invocado”. Claro, um clube que tenha processos e que tem uma torcida imensa, que tem uma casa nova, irá se reorganizar, certamente. A questão é: qual o tempo para o ajuste se a saída se confirmar?
A CBF, se levar o “baixinho” invocado, terá um superávit moral gigante, inclusive, algo muito necessário à entidade. O Galo seguirá forte, mas precisará ser eficiente na eventual transição, caso seja confirmada. Por enquanto, o Atlético se esforça para manter seu diretor em Minas Gerais, mas sabe que o “trem” tá passando.

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