Não quero falar das flores, nem de como a cidade mudou. Eu quero é beber minha Coca-Cola.
Não quero sua reclamação constante, incessante, perturbando o meu coração.
Não quero saber dos homens, tampouco dos seus poderes, discórdias ou dilemas.
Não quero sua inveja infundada, amargurada e que finge um sorriso amarelo de quem não lida bem com a alegria.
Não quero sua letargia, não quero sua péssima energia. Dispenso também sua revolta incongruente, seletiva e indecente.
Quero saber da minha Coca-Cola, aquela que precisa estar estupidamente “trincada” para apaziguar a loucura da minha alma.
Quando ela está morna, não orna. Ela precisa descer na “goela” ardendo, com o “suor” no vidro escorrendo, em onomatopeia, de “glut-glut”.
Eu só quero saber do Galo, do símbolo do CAM, cara. Dá-me a minha Coca-Cola, deixe ela arder no meu peito, sujeito.
Sim, dê-me um respiro, me deixe aliviar. Vais dizer que Coca-Cola não faz bem para a saúde e aquela ladainha de sempre.
A Coca-Cola é meu Galo de cada dia, faz mal, faz bem, se faz morrer, faz mais ainda viver.
Ainda não virei santo, não quero fofoca hoje, não quero saber. Quero a minha Coca-Cola, quero o Galo Doido da minha vida, queira também ou tchau “pro cê”.
Desce uma trincando, de vidro, hoje tem Galo e como diria Ronaldinho:
“Joga o copo pro alto, vamos beber”
Galo, som, sol e sal é fundamental

Por: Betinho Marques

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