Torcida do Galo dá um show de solidariedade  Foto: Pedro Click / Atlético

Diante de um estado submerso há quase um mês com a catástrofe climática, o Rio Grande do Sul vem resistindo com todas as forças. Muito dessa resiliência gaúcha tem se multiplicado pelos atos solidários do brasileiro para minimizar o sofrimento do povo.
A balança de brasilidade de pontos positivos é muito superior às negativas. O exemplo e as atitudes têm gerado cópias necessárias de comprometimento com o senso de nação, união e comunidade. Por aqui, vamos desconsiderar quem lava sua imagem com ações “positivas” e quem se promove na desgraça alheia, fingiremos não entender essas espécies, até porque elas dariam mais holofotes aos desprovidos de graça.

Ação do Galo

Voltando ao grandioso, talvez só entendamos a dimensão do que significa a ação de um clube como o Atlético, de Minas Gerais, lotar seu novo estádio com as cores da bandeira do Rio Grande daqui a algumas décadas. O Galo foi mais diplomata que qualquer governador das 27 unidades federativas.
Certamente, o povo gaúcho nunca esquecerá da ação genuína que partiu da torcida do Galo e que foi abraçada pela diretoria do clube. O Atlético, que abre sorriso de muitos por onde passa, abrirá também portas de boas recepções no coração farroupilha quando o atual sofrimento passar.
Foi mais que pintar o estádio com as cores da bandeira do Rio Grande, bem mais que arrecadar dez toneladas de água e alimentos, bem além de destinar a renda do treino. O mundo viu algo autêntico e tão pulsante que nenhuma ação de marketing poderia alcançar. O que muitos queriam atingir tempos atrás no termômetro de “queridês” com grandes profissionais de mercado, foi no alvo, bateu no peito, através do orgulho e da honra, mas o estímulo veio da Massa. Sensível e verdadeiro, foi o que todos perceberam.

Gigante

Naquela tarde de sábado, o Galo mostrou que o tamanho de uma instituição se mede pelos detalhes que são infinitamente muito maiores que suas taças. Afinal, é muito maior que que uma sala de conquistas. O Alvinegro fez o exercício de tentar se colocar no lugar de quem tinha sua vida na enchente, sem água, paz e energia.
O Atlético começou certinho, desde 1908. Foi fundado no Parque Municipal, tem um mascote de quatro letras, de canto simples e entoável. O hino inicia com o símbolo maior de senso de comunidade, o nós. O Galo sempre foi o clube do acolhimento. Lembrar sua filosofia faz com que quem entenda isso esteja dentro e quem não caiba esteja, definitivamente, fora.
É claro que profissionais de mercado são mais que relevantes nos novos tempos, mas eles serão cada vez melhores se entenderem que o sistema é retroalimentado conversando com o seu povo. Enfim, o Atlético nunca andou alheio ao sofrimento dos outros e sem o empurrão da Massa, está provado, mais uma vez, sô.
Alegria ainda que tardia, o Galo é verbo da melodia. Foi só um treino do Galo!

Galo, som, sol e sal é fundamental

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