O Tribunal de Disciplina da Conmebol aplicou multa de US$ 100 mil (R$ 525 mil) ao Boca Juniors por causa de manifestações racistas de torcedores no jogo contra o Corinthians pela Libertadores, em 17 de maio. A partida foi no estádio La Bombonera, a casa do Boca, em Buenos Aires.
Esta foi a primeira punição a um clube por racismo desde a mudança do regulamento, que aumentou o valor da multa e criou outras sanções. Desta vez, o Boca Juniors recebeu apenas uma multa, sem consequências para o jogo do dia 5 de julho, também contra o Corinthians, pela volta das oitavas de final da Liberta. Mas, se houver reincidência, o tribunal já alertou que poderá proibir a entrada de torcedores ou determinar o fechamento parcial da arquibancada – medidas que agora também podem ser tomadas contra o clube, com base no novo regulamento.
O tribunal determinou, ainda, que o clube exiba mensagens antirracistas antes do jogo contra o Corinthians. Duas horas antes da partida, no dia 5 de julho, o placar eletrônico do estádio deve fazer anúncios contra a discriminação. E na hora de fazer a formação em campo, antes do apito do juiz, o time deve estender uma faixa com os dizeres “Basta de racismo”.
Na próxima semana, o Boca Juniors enfrentará o Corinthians no jogo de ida das oitavas de final, na Neo Química Arena, em São Paulo. Foi nesse estádio que, em 26 de abril deste ano, um torcedor argentino fez um ato racista no primeiro confronto do Boca contra o Timão, na fase de grupos da Libertadores. Um mês depois, o clube argentino foi multado em US$ 30 mil (R$ 140 mil) por causa do torcedor. Na ocasião, o valor foi mais baixo porque o regulamento ainda era o antigo.
O próximo embate entre Corinthians e Boca (jogo de ida das oitavas) está marcado para terça-feira (28), às 21h30.
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