Investidor que está prestes a ser confirmado como dono de 90% do futebol do Botafogo, John Textor assegura que o clube, em sua nova era, não será apenas um fornecedor de matéria-prima para outros times. Em entrevista à “Botafogo TV”, o bilionário norte-americano externou o seu pensamento a respeito do tema.

“Nenhum clube deve, nunca, só alimentar o outro. Tenho sorte de, nos meus relacionamentos, ter uma combinação de times de alto nível, em diversas partes do mundo, com torcidas enormes. Nem os torcedores, nem jogadores, nem técnicos, jamais aceitariam que o Botafogo está aqui somente para fornecer jogadores para outros times”, prometeu.

John Textor conversa com o diretor de futebol do Botafogo, Eduardo Freeland – Vitor Silva / Botafogo FR

Textor observa a necessidade de o Botafogo ter, desde a base, mais nomes de outros países. Sócio do Crystal Palace, o empresário cita como o clube inglês trabalha na busca por talentos globais. É o método que ele quer implementar no Glorioso a partir das próximas temporadas com a criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

“Acho que teremos muito mais entrada do que saída de jogadores se fizemos bem nosso trabalho. Se você olha para o elenco do Botafogo, talvez veja só um ou dois jogadores de fora, e isso é uma oportunidade perdida.  No Crystal Palace, temos olheiro no mundo, todo jogo é assistido. A performance física, técnica, criativa de jogo… Tudo monitorado. Acho essa prática muito pouco desenvolvida no Brasil. Você precisa se abrir, ser global e ter a mente aberta… Os torcedores do Botafogo amam ver os jogadores brasileiros ganhando campeonatos no Brasil e sendo convocados para a Seleção, mas eles amam ganhar acima de tudo isso, certo? Então, não vão se importar se, ao longo do tempo, 10% ou 20% do time for internacional”.

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