Os rumores a respeito de reforços no Botafogo deixam qualquer torcedor preocupado e descrente no futuro. Nem as especulações conseguem criar uma agenda positiva em General Severiano. A última do Alvinegro seria a montagem de uma equipe de masters para disputar a Série B do Campeonato Brasileiro, apontada como a mais difícil de todos os tempos e com clubes tradicionais brigando por apenas quatro vagas na elite. Em menos de dois meses, os nomes de Wellington Paulista (37), Carli (34) e Camilo (34) apareceram no radar. Juntos, os três medalhões somam 105 anos (ao longo da temporada, 108). Para disputar a Segundona, não basta apenas experiência, sem o mínimo de coerência e planejamento.

Menos mal que Camilo tenha preferido ficar na Ponte Preta. No entanto, o seu nome figurar em uma lista de reforços soa como um deboche. Ninguém nega a importância do meia na campanha que levou o Botafogo à Copa Libertadores de 2017 (apesar de ter deixado o Glorioso pela porta dos fundos). Mas o clube não pode ficar refém de opções ligadas a um passado menos trágico. O mesmo vale para Carli, zagueiro que pode ser repatriado, provavelmente, para a vaga de Kanu. Xerife campeão carioca em 2018, o argentino mostra-se cada vez mais lento e sem a liderança de tempos pretéritos. E Wellington Paulista? Artilheiro do Botafogo no longínquo 2008, está muito mais próximo da aposentaria do que ser a solução para o ataque.

Guardados os limites geográficos, o Botafogo repete o modelo arriscado de contratação desta temporada. Com uma receita ainda menor, as grifes, agora, são mais modestas e não vão além da América do Sul. Será que a galera alvinegra, tão machucada, ainda terá de aturar novos Honda e Kalou?

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