Em sua primeira coletiva depois de meses, além de abordar a questão polêmica sobre o uso da camisa em celebração ao apoio ao movimento LGBTQIA+, com a sua tradicional faixa nas cores do arco-íris, o capitão Leandro Castan se destacou em sua volta ao time titular do Vasco, na vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta, no último domingo.

Leandro Castan em ação diante da Ponte Preta – Rafael Ribeiro/Vasco

O zagueiro, que esteve fora por três rodadas, atuou em cinco oportunidades sob o comando de Lisca e venceu quatro, com a defesa sendo vazada apenas três vezes.

“Sei da importância que tenho no time e no clube, mas não me considero tão importante assim. Acho que sou mais um nesse mecanismo que é o futebol, ninguém joga sozinho. Esses números são até ilusórios. Sei que sou capitão do time, que a rapaziada me olha diferente, mas sem eles eu não seria nada. Não só um jogador faz diferença, todos podem ajudar, mas se todos não estiverem na mesma sintonia nada vale”, explicou.

Castan apontou o possível retorno para a Série A como uma volta por cima na carreira:

“Acredito que Deus me deu uma missão aqui nesse clube. Em 2014, o médico falou que eu não voltaria mais a jogar futebol (cirurgia no cérebro). Depois da operação, passei por empréstimos até chegar ao Vasco. E aqui tenho mais de 150 jogos. Consegui fazer aquele diagnóstico dar errado. Vivi um momento muito difícil no clube, em que a gente não vê luz e solução. Aí olhamos para trás para vermos o que fizemos parar jogar em um clube tão importante. Quando encerrar a carreira,  a resumirei em superação. Comecei no Atlético-MG, passei pela Suécia, Barueri, Corinthians, onde consegui títulos importantes da minha carreira, Seleção, Roma. Vim para o Vasco. Agora esse ano estar dando a volta por cima após a queda para a Segunda Divisão. Quero ajudar o Vasco a voltar para a Série A e estou me dedicando muito. Quando estivermos lá, poderei dizer que dei a volta por cima”.

O experiente zagueiro ainda falou a respeito da relação com Lisca:

“Sigo o trabalho dele faz tempo. Joguei junto com o Marcio, auxiliar dele, no Barueri. No passado recente, o Lisca sempre foi muito especulado aqui no clube. A gente teve assim um contato informal. Agora, trabalhamos junto. A relação é muito boa. Ele me surpreendeu positivamente. Se fala do “Lisca Doido”, mas algumas pessoas não olham que é um grande treinador. Deu para ver essa semana que ele teve tempo para treinar. Ficou claro. Jogamos muito bem contra a Ponte Preta, o time colocou tudo em campo o que ele treinou com a gente. Ele realmente conhece de futebol”, encerrou.

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