Dois dias depois de ser condenado a 16 anos de prisão pela morte do cronista esportivo Valério Luiz, em 2012, Maurício Sampaio, ex-presidente do Atlético-GO, obteve, nesta sexta-feira (11), liminar no Tribunal de Justiça (TJ-GO) que garante sua soltura. A decisão é do desembargador Ivo Favaro.

Maurício Sampaio consegue liminar de soltura – Reprodução de TV

Também foram condenados os policiais Ademá Figueredo (16 anos de prisão) e Urbano de Carvalho Malta (14 anos de prisão), assim como o açougueiro Marcos Vinícius Pereira Xavier (14 anos de prisão).

Relembre o caso

Comentarista da Rádio Jornal 820 AM, Valério foi morto a tiros em 5 de julho depois de sair do trabalho, no Setor Serrinha, em Goiânia. Conforme consta no inquérito da Polícia Civil, a vítima foi morta a mando de Maurício Sampaio em razão das constantes críticas à gestão do Atlético-GO. Contudo, o dirigente nega veementemente a acusação.

Na época do crime, Maurício Sampaio era ex-vice-presidente do clube goiano. Dois anos depois, tornou-se presidente em 2015. Atualmente, ocupa a vice-presidência do Conselho de Administração.

O caso se estendeu em meio a recursos apresentados pelos dois lados até chegar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, em seguida, ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. A decisão do então ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que analisou o caso entre 2017 e 2018, foi por manter o júri popular.

Inicialmente, o júri foi passou para 23 de junho de 2020, mas acabou adiado em razão da pandemia. Remarcado para 14 de março deste ano, mais uma vez foi suspenso, visto que o advogado de defesa abandonou o caso. O julgamento que ocorreria em 2 de maio novamente precisou de uma remarcação devido a um recurso da nova defesa. Por fim, o júri recomeçou em 13 de junho. Mas voltou a ter adiamento depois que um jurado passou mal e deixou o hotel onde estava isolado sem comunicar a Justiça.

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook.

Comentários