Para o técnico Luís Castro, dois pontos cruciais determinaram a virada do Athletico-PR sobre o Botafogo, na noite de quarta-feira: a enorme vantagem do adversário nas bolas aéreas e a perda de intensidade do time no segundo tempo, com desempenho abaixo de seu nível. Afinal, o Alvinegro pouco ameaçou o Furacão, mesmo após sofrer os gols. Além disso, perdeu a maioria das disputas pelo alto na área.

ATUAÇÕES: veja as notas dos jogadores do Botafogo
ATUAÇÕES: veja as notas dos jogadores do Athletico-PR

“Houve uma diferença entra a primeira parte e a segunda. Tivemos uma segunda parte muito aquém do que deveria ter sido feito. A segunda parte foi sofrível. Sobre as bolas paradas, estávamos preparados. Agora, o Athletico conseguiu ter sucesso naquilo que era nosso momento defensivo. Há sempre uma ligação entre o mérito e o demérito da outra equipe. Eles tiveram muito mérito, mas nós também tivemos muitos erros nos setores defensivos. O resultado é negativo para nós embora a eliminatória não esteja fechada”, analisou Castro.

O treinador português citou os perigos da vantagem fora de casa, sobretudo contra uma equipe acostumada a pressionar e virar placares – foram oito somente em 2023. Ele insistiu que o Botafogo “sofreu muito” nas bolas paradas (dois gols do Athletico saíram assim) e explicou, taticamente, as outras dificuldades que sua equipe teve.

“Percebemos um Paranaense melhor que nós e sabemos por que esteve melhor que nós. Utilizou muito os corredores, as variações de corredor e temos que nos atentar a isso. Não conseguimos fazer essa circulação pelo lado contrário como deveríamos ter feito. Muitas vezes focamos em um jogador como o salvador. A equipe que tem que percorrer o caminho para o sucesso, não é um, dois ou três jogadores que vão (vencer o jogo). O futebol será sempre um esporte coletivo”, determinou.

Luís Castro orientou, mas não conseguiu fazer o time jogar no segundo tempo – Foto: Vitor Silva / Botafogo

Turra diz que poderia ter sido ‘5 ou 6’

O técnico do Furacão, Paulo Turra, elogiou a postura de seu time no segundo tempo e crê que o resultado poderia ter sido mais elástico.

“Eu tenho muito orgulho de treinar esses jogadores. Acredito que essa possa ter sido a melhor partida que o Athletico fez na temporada. Por todo contexto. Mesmo com a gente saindo atrás, vale ressaltar que o jogo deveria ser, no mínimo, de 5, 6 a 2. Tivemos 28 finalizações e o adversário teve seis”, afirmou Turra, checando as estatísticas.

Na partida de volta, no dia 31, no Nilton Santos, o Botafogo precisa vencer por dois gols de diferença para se classficar. Em caso de qualquer triunfo por um gol do clube carioca, a decisão da vaga nas quartas de final da Copa do Brasil vai para os pênaltis. Portanto, o Athletico precisa de um empate.

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