Após confirmar oficialmente o nome de Eduardo Coudet como próximo comandante do Atlético, em apuração feita e antecipada pelo Portal FalaGalo, os próximos passos serão o estudo do elenco e analisar quem chega, quem sai e o que adaptar.
Rodrigo Caetano e Victor agiram rápido. Depois de avanço até altas horas de negociação na noite da sexta-feira (18), os gestores atleticanos resolveram não correr riscos e foram fechar o negócio com o “homem” na Argentina ontem mesmo, no frente a frente. A concorrência de clubes como Vasco e Corinthians não dava trégua para uma espera e, por isso, uma ação rápida se fez necessária.
Coudet virá com toda a sua comissão e as cifras giram na casa de R$ 1,2 milhão/mês. Segundo a matéria oficial do Atlético, a comissão fixa será mantida.
“Junto com o treinador, virão dois auxiliares técnicos (Ariel Broggi e Diego Monarriz), um preparador físico (Octávio Manera), um auxiliar de preparação física (Guido Cretari) e um analista de desempenho (Carlos Miguel Fernández). Continua no Clube a comissão técnica permanente, com Cristiano Nunes, coordenador de preparação física, Rogério Maia, treinador de goleiros e Gustavo Nicoline, coordenador de Análise de desempenho, além dos demais integrantes.”
A expectativa é que Chacho Coudet esteja em Belo Horizonte no dia 12 de dezembro, de forma presencial. Até lá, seguirá o trabalho em conjunto com a diretoria de futebol comandada por Rodrigo Caetano.
Obviamente, agora serão analisadas as deficiências e necessidades, contudo, a expectativa é de que as contratações sejam pontuais, entre quatro e cinco atletas. A defesa é um ponto evidente de ajuste, além da lateral-direita, mas por ora, tudo precisa ser apreciado pelo treinador em consonância com a diretoria.
Estilo de jogo geométrico
Coudet é um treinador que gosta de jogar com domínio da pelota, mas além disso, gosta de retomar a posse rapidamente. Balizado num definido 4-1-3-2, o argentino usa muita pressão na saída dos adversários, mas, ao contrário de Sampaoli, usa a geometria e os encaixes de marcação com muitos homens próximos para fazer a recomposição defensiva se não tiver êxito na retomada rápida e combater esticadas do adversário. Coudet não tem medo de fechar espaços e se organizar se isso for necessário.
O time de Eduardo é compacto, coeso e tem transições inteligentes. Podem para alguns, parecer reativo, mas no fundo, tem mais ordem e é mais responsável. Em vários momentos do jogo, o seu time demonstra sensação de superioridade numérica onde quer que o jogo esteja, em muitos tem até um perfil hexagonal com seis atletas fechando linhas de passe ou atacando em blocos.
Enfim, o time de Coudet é intenso, usa a saída de três (lavolpiana) com um volante dando opção, tem amplitude nas laterais, joga com o meia central por dentro e abrindo o jogo nas opções de variações e tem organização. Se alguém quiser falar de time que tem padrão de jogo, incluir Chacho Coudet na lista é, no mínimo, justo.
Sobre Coudet
D’Alessandro na saída de Coudet no Inter, em entrevista coletiva ponderou sobre o treinador:
“A saída dele (Coudet) foi ruim. Não há como não ter instabilidade no grupo, no dia a dia. Foi embora um treinador que conseguia resultado, desempenho, entrega no campo. Vida que segue. Obviamente foi uma escolha do treinador e muito bem respeitada”, enfatizou.
Coudet pelo que apuramos é intenso, briga pela produtividade, grita na beirada de campo e quer material humano competente para seu trabalho ter desempenho. Além disso, seus treinos são fortes, eficazes, mas demandam muito do condicionamento físico dos seus atletas.
Com destaque no Internacional em 2020, quando saiu na liderança do Brasileirão, recentemente, treinou o Celta de Vigo. Contudo, foi no Racing que fez seu trabalho “alavanca” ao vencer a Superliga Argentina (2018/2019) e o Torneio dos Campeões (2019). Vale lembrar que Coudet começou sua carreira de treinador no Rosário Central em 2015 e passou pelo Tijuana em 2017.
Coudet vem aí ! Tática, briga e treino não vai faltar.
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