Se tem um jogador do elenco do Vasco que está dando a volta por cima em 2022, esse alguém é Figueiredo. Longe da badalação dos outros crias de São Januário, o atacante subiu no ano passado, mas não conseguiu se destacar, gerando muitas críticas por parte dos torcedores nas primeiras oportunidades no profissional.
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Ao voltar para o time sub-20, Figueiredo não se abateu. Foi o artilheiro da Copinha, principal competição de base do país, com oito gols e retornou ao profissional com muita moral e após atuações convincentes, ele se aproxima da sua afirmação junto aos vascaínos. Em entrevista exclusiva ao Jogada10, o jogador de 20 anos comparou os dois períodos e o que fez de diferente para dessa vez conseguir se destacar.
“Quando eu subi, me sentia bastante ansioso, porque eu colocava na cabeça que eu tinha a obrigação de mostrar o meu potencial e isso acabava me atrapalhando. Esse ano eu estou vivendo o momento, trabalhando dia após dia, dando o meu melhor nos treinos. Automaticamente as coisas estão dando certo, gerando frutos e graças a Deus eu estou podendo ter boas atuações nos jogos”.
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Figueiredo começou a conquistar o seu espaço no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Carioca, diante do Flamengo. Na ocasião, o atacante entrou no intervalo e incendiou a partida, mudando totalmente a postura do Vasco, que praticamente não atacou o rival. O Cruz-Maltino foi derrotado, mas o jogador conquistou a titularidade para o segundo confronto. No final das contas, o Cruz-Maltino foi eliminado, mas Figueiredo ressurgiu como opção no elenco.
“Eu sofri bastante críticas no ano passado. Quando subimos, queremos mostrar o nosso potencial da melhor maneira possível, mas a oscilação no início é normal. Eu evoluí bastante nesse quesito, de ter a minha cabeça focada nos meus objetivos. Eu tento não me alegrar nos elogios e nem me entristecer nas críticas. Claro que receber elogios é bom, mas não posso nunca me acomodar”, afirmou Figueiredo.
Na Série B, Figueiredo já está consolidado como peça importante do elenco. Tanto que jogou as seis rodadas da competição, quatro delas como titular. Diante do CSA, o atacante saiu do banco de reservas e participou diretamente do gol que garantiu os três pontos ao time. Foi dele o chute que explodiu na trave e sobrou para Gabriel Pec marcar.
Na vitória sobre a Ponte Preta, Figueiredo também foi determinante, contribuindo com a assistência para Raniel marcar. Apesar de ter sido decisivo para o time, o atacante ainda busca o primeiro gol como profissional, mas se mantém tranquilo e acredita que vai sair no momento certo.
“Sei que ainda estão faltando os gols, mas vão sair naturalmente. Estou com a minha cabeça bastante tranquila em relação a isso. Converso bastante com o grupo, com o treinador e a comissão toda. Eles me deixam tranquilo para eu poder dar o meu melhor em campo. Papai do céu vai abençoar e na hora certa as coisas vão acontecer”, explicou Figueiredo, que que completou.
“Claro que gera ansiedade, mas eu tento me manter tranquilo e leve, porque eu sei que as coisas vão acontecer naturalmente. Estou trabalhando bastante e o gol vai acontecer. Espero que após o primeiro, eu possa fazer muitos e ajudar o Vasco. O gol é a melhor parte do jogo, tem a vibração da torcida e eu quero sentir esse momento. Vai chegar na hora certa, no momento certo e eu estou tranquilo quanto a isso. Mantendo as boas atuações, o gol vai vir naturalmente”.
No próximo domingo, na partida contra o Bahia, Figueiredo terá mais uma chance de balançar a rede pela primeira vez como profissional. São Januário estará completamente lotado, cenário mais do que perfeito para o jovem atacante conseguir a sua redenção, sendo celebrado por muitos que o criticaram em um passado nem tão distante.
Inspiração em Cristiano Ronaldo e espelhado em Edmundo
Diferentemente de outros companheiros da base, Figueiredo não chegou ao Vasco como criança. A chegada ao clube aconteceu após uma passagem pelo Boavista, porém foi no Botafogo que o atacante deu os primeiros passos no futebol, integrando a categoria Sub-11 até a Sub-15, quando foi dispensado. A trajetória lembra a de Edmundo, que também atuou na base do Glorioso antes de defender o Cruz-Maltino. Por coincidência, Figueiredo se espelha no ídolo vascaíno quando entra em campo.
“No Vasco eu me espelho no Edmundo, que fez muitos gols e ajudou bastante o clube. Era um verdadeiro matador. A garra dele, honrando sempre a camisa serve como inspiração para o meu estilo de jogo. O Vasco produz muitos jogadores com esse estilo e espero que eu possa conquistar cada vez mais o meu espaço, dando o meu melhor, agregando muito ao time. Essas coisas vão acontecendo sem pressa, vivo o momento que aos poucos as coisas vão acontecendo”.
Se Edmundo é o espelho, Cristiano Ronaldo é a grande inspiração. Para Figueiredo, o português é exemplo dentro e fora do campo, como jogador, mas também como profissional.
“Eu me inspiro muito no Cristiano Ronaldo, no jeito que ele trabalha, pela seriedade, de se cuidar bastante. Eu trago muito isso para o meu estilo de jogo, porque hoje em dia o futebol está muito físico, muito disputado e se cuidar bastante é o ponto principal. Então o Cristiano Ronaldo é uma inspiração”, finalizou Figueiredo.
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