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De titular à opção no Vasco: Benítez vive realidade nua e crua na disputa por vaga

Winston Churchill dizia que os problemas da vitória são mais agradáveis do que aqueles da derrota, mas não são menos difíceis. A frase do político britânico, famoso por sua atuação como primeiro ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial e por diversas expressões proferidas em suas entrevistas e discursos, reverbera no Vasco do técnico Vanderlei Luxemburgo. Após a vitória de 3 a 0 no clássico contra o Botafogo, há oito dias, não faltaram elogios para definir a atuação da equipe, classificada como “a melhor na temporada”.

Dos dois gols de Benítez pelo Cruz-Maltino, o de bicicleta contra o Atlético-MG ficou marcado – Rafael Ribeiro/Vasco

Seis dias depois, após a derrota para o Coritiba por 1 a 0 soou uma velha máxima no futebol: a de que nas derrotas os defeitos ficam mais visíveis. Afinal, um resultado negativo tem o poder de escancarar falhas. No último sábado, em São Januário, a empolgação pelo início de trabalho de Luxa foi freada por um tropeço que não estava nas contas e trouxe o Cruz-Maltino de volta à realidade. A expulsão do lateral Henrique aos 28 minutos do primeiro tempo virou do avesso a partida que deveria afastar o time da “zona da confusão”. O Vasco jogou por mais de 60 minutos com um jogador a menos, motivo que não serve como justificativa para ser superado pelo então lanterna do Campeonato Brasileiro e que ainda não havia vencido um jogo sequer no segundo turno.

Apático, previsível e improvisado. O Vasco se complicou ao ser obrigado a sair do 4-1-4-1 para o 4-4-1 depois da expulsão. Foi neste cenário que o meia argentino  Martín Benítez reestreou com a camisa cruz-maltina após mais de um mês. No que pese ao ferrolho montado pelo Coritiba, o fato é que o time de São Januário ganhou alguma criatividade com o retorno do jogador, que demonstrou a habitual entrega, mas pouco acrescentou em um time sem triangulações e jogadas de fundo. É aí que entram os defeitos da derrota. Apesar de estar longe da forma ideal, Ben10 teve sua atuação atrapalhada pelas circunstâncias desfavoráveis da partida.

Após o confronto, Luxa reconheceu que “acelerou” o processo de retorno do jogador aos gramados. Porém, deixou claro que o camisa 10 terá de lutar para conseguir uma vaga no time:

“Pessoal estava reclamando porque tinha que começar jogando com ele, mas ficou claro que precisa de mais jogo. Não tem como levar 15 dias preparando o jogador porque não dá tempo. Tem que usar o jogador, como usei. Vamos ver agora na representação como vamos preparar o time para quarta-feira. Vai depender da resposta dele dentro do campo. Acho que ele ainda não tem condições de jogar 90 minutos, e a intensidade é muito grande”.

Benítez busca a melhor forma física, uma vez que não joga desde 13 de dezembro, no empate de 1 a 1 com o Fluminense. Acredita-se, no entanto, que por sua qualidade, pelo investimento do clube e pela carência de jogadores diferenciados no setor, ele terá oportunidades para voltar ao time titular. Sem a velocidade necessária para atuar pelos lados, a característica principal do argentino é fazer a aproximação com a grande área do adversário, como um meia central, chegando próximo e municiando o centroavante. Não à toa, ele tem participação em um de cada três gols de Cano no Vasco. Seu concorrente direto na disputa é Juninho, que rende bem na marcação, no apoio e encaixou como uma luva no time de Vanderlei. Com os volantes Bruno Gomes e Léo Gil exercendo funções mais defensivas, Ben10 terá que recuperar a forma física para brigar rodada a rodada pela posição de meia avançado com Juninho.

Contra Benítez pesa um fator importante: conviver com problemas físicos que o tiraram de vários jogos. No Brasileirão, ficou fora de oito partidas. Foram apenas dois gols em 26 jogos pelo clube. Um deles, porém, ficou marcado. Foi de bicicleta, após domínio no peito, na derrota de 4 a 1 para o Atlético-MG, no Mineirão. A jogada é considerada a mais marcante do meia com a camisa do Vasco.

Para o próximo desafio, o Cruz-Maltino tem duas baixas confirmadas. Henrique cumprirá suspensão pelo cartão vermelho, assim como Bruno Gomes que recebeu o terceiro amarelo e está fora da partida contra o Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, pela 31ª rodada do Brasileirão. Neste cenário, é possível que Juninho seja recuado, e Benítez entre no setor de criação. Os treinos de segunda e terça darão essa resposta a Vanderlei Luxemburgo.

Felipe David

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