O basquete brasileiro sofreu dois duros golpes e por um triste motivo em comum. O descontrole da pandemia do coronavírus levou Ruth de Souza, aos 52 anos, campeã mundial com a seleção brasileira. E também tirou a nossa seleção do Sul-Americano feminino, na Colômbia.

Dona de contagiante sorriso, Ruth estava internada desde o fim de março em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Não resistiu às complicações da Covid, que se espalha de Norte a Sul, de Leste a Oeste de um país continental. Inacreditável, vergonhoso, ultrajante.

Aliás, vergonha e ultraje traduzem bem a barração da delegação brasileira na Colômbia. Fomos proibidos de entrar em um país vizinho que nos teme. E pior: tem razão em nos temer, em dizer no mais alto tom que não somos bem-vindos. Somos bombas humanas, párias num mundo que nos olha com enorme pavor e desconfiança. Repulsa até.

Ganha o vírus, perdemos nós, morre a alegria, sufoca-se, aos poucos, a esperança. Quantas pessoas como a Ruth ja foram, quantas ainda irão… Que triste, Brasil! Que derrota vergonhosa e ultrajante!

Primeiro lugar mundial, infelizmente, só no atual número de mortes. Aí, sim, Brasil acima de todos!

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