No próximo 13 de janeiro, o Conselho Deliberativo do Botafogo se reúne, de forma extraordinária, para votar a transferência definitiva dos ativos do futebol para o empresário norte-americano John Textor, sócio, também, do Crystal Palace (ING), da Premier League, o campeonato mais forte do mundo. O magnata chega ao Rio de Janeiro neste mês para assinar o contrato vinculante. O Glorioso já começa 2022 com o compromisso mais importante da temporada. É obrigação cívica de cada alvinegro comparecer à sede de General Severiano para fiscalizar, evitar manobras indesejáveis e, por fim, celebrar a chegada do clube ao século 21, reafirmando a sua paixão pela Estrela Solitária.

A SAF (Sociedade Anônima do Futebol), única esperança de dias melhores, já saiu do papel e aguarda os investimentos da Eagle Holdings, empresa de Textor, para sanar os débitos e respirar financeiramente, única meta a curto prazo e algo cristalino para quem habita o universo preto e branco. A partir daí, não tem mais segredo: muito trabalho para reconstruir a marca do Botafogo e deixá-la do tamanho que a corresponde.

John Textor está prestes a tornar-se o dono do futebol do Botafogo – Reprodução

Apesar de ainda estar a quilômetros de virar uma potência do futebol brasileiro, o Botafogo já caminha rumo à profissionalização, palavra profética e substantivo mais importante dos últimos anos nas trincheiras alvinegras. Austeridade, sustentabilidade e credibilidade aparecem na sequência no glossário da transformação do Glorioso.

Em menos de uma semana, o Botafogo definiu um porta-voz de sua SAF para não haver ruídos e vazamentos de áudios plantados pelas raposas felpudas. O advogado André Chame é a única voz autorizada para abordar o tema com veículos de imprensa. Em seguida, mais um golaço. O Glorioso obteve um acordo com Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para parcelar R$ 175 milhões de dívidas tributárias e previdenciárias com a União, um benefício esplêndido para a saúde econômica do clube.

O Botafogo criou uma agenda tão positiva que a falta de reforços ficou em segundo plano. O aspecto técnico merece destaque em uma futura coluna. O clube com o qual estávamos acostumados vai dando lugar a uma empresa com profissionais mais gabaritados, sem o narcisismo/amadorismo de velhos caciques.

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