Diego Alves é o herói. O Flamengo ganhou a Supercopa do Brasil ao derrotar o Palmeiras nos pênaltis por 6 a 5, após 2 a 2 em 90 minutos, em jogo igual, lá e cá, que fez justiça ao vencedor, como ocorreria se fosse o contrário. Basta lembrar a quantidade de defesas dos goleiros. O ex-defensor do Valencia pegou três cobranças.

Ficou evidente, no primeiro minuto, e ao longo da etapa inicial, que o Flamengo é um time essencialmente técnico, e que o Palmeiras é superior sob o aspecto físico, mas que não deixa de ser hábil, vez por outra. Pois mal a bola rolou e Raphael Veiga deu drible em William Arão, para finalizar de esquerda, abrindo placar. Infelizmente, a equipe paulista andou apelando para a tal força, até o intervalo. Daí os cartões amarelos e a expulsão de Abel Ferreira, que abusa exagerada e desnecessariamente nas ofensas ao árbitro.

O Palmeiras fez 1 a 0 aproveitando falha de William Arão, que saiu vendido, levando drible de Raphael Veiga, que concluiu sem apelação. O Flamengo empatou em jogada pessoal de Filipe Luiz, que chutou na trave. Gabriel apanhou o rebote. E Arrascaeta estabeleceu a virada num chute espetacular, de fora da área, no canto direito. Detalhes: Diego evitou o gol de Breno Lopes, que, mais uma vez, entrou na brecha que já havia surgido em partidas anteriores.

E o treinador verde recebeu o vermelho, aos 38. Aliás, quando se diz infelizmente é porque o Palmeiras é muito melhor sem faltas e xingamentos. A impressão é a de que, se deixar o hábito de lado, pode vencer, e essa passou a ser a expectativa para o segundo tempo. Ou seja, se jogasse só bola, voltaria a sair na frente.

Pois o físico voltou a fazer diferença quando a bola voltou a rolar. Várias substituições ocorreram, quatro no Palmeiras, o que deixou o time ainda mais forte, e o Flamengo passou a depender dos contra-ataques, o que rareava, quanto maior o calor.

A equipe carioca não recuava por vontade própria, mas pela pressão do adversário, consequência do óbvio. Aos 27, Rodrigo Caio fez pênalti em Rony, e Raphael Veiga empatou. Nada que não estivesse previsto, tais as circunstâncias.

O fato é que restava muito tempo e o placar estava aberto. Vitinho, ele mesmo, quase fez 3 a 2. Um misto de Weverton e trave salvou o Palmeiras. Nos acréscimos, o goleiro evitou de novo, no chute de Gabriel. A bola não entrou.

Ficou assim: pênaltis. E o Flamengo, mesmo sem os craques – Diego, Gérson, Éverton Ribeiro e Bruno Henrique, todos substituídos – venceu. Pois peçam, agora, para Diego Alves abrir espaço para Hugo Souza…

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