Abel Braga e Luiz Felipe Scolari são dois treinadores supercampeões, que viram nas séries A e B do Campeonato Brasileiro a chance da voltar à ativa. Abelão assumiu um Internacional arrumado pelo argentino Eduardo Coudet, que zarpou para a Espanha, e Felipão passou a tomar conta de um Cruzeiro destroçado, afundado na Série B.

Ao chegar para a sétima passagem pelo Colorado, Abel recebeu um time na liderança do Brasileiro e classificado às oitavas de final da Libertadores e às quartas da Copa do Brasil. E o começo do trabalho foi horrível: o time parou nas duas competições eliminatórias e despencou no Brasileiro. Era a convicção de um novo fracasso, depois de péssimas passagens por Cruzeiro e Vasco.

Já Felipão encontrou um clube e um time em frangalhos. Se não conseguiu reconduzir a Raposa à Série A, evitou a queda à Terceira Divisão, ameaça real quando assumiu. Para um treinador com a história dele, é pouco, muito pouco, mas, cá pra nós, esse Cruzeiro em nada ajuda. Felipão cansou da bagunça e pediu o boné.

Abel, que também tem data para deixar o comando do time, deu a volta por cima, engatou oito vitórias consecutivas, com direito a uma incrível virada em cima do arquirrival Grêmio e devolveu a liderança ao Inter. Está muito perto de quebrar o jejum do Colorado em Brasileiros, que vem desde 1979. Se conseguir, depois dos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes, merece uma estátua no Beira-Rio. Seria sem dúvida o maior troféu para a consagração de uma bela carreira.

Comentários