E lá se vai mais um da fábrica de Xerém

O futebol brasileiro verá um enorme talento se despedir dos campos nacionais neste domingo: o jovem Luiz Henrique, de 21 anos, atacante do Fluminense, fará a última partida pelo Tricolor no clássico diante do Botafogo, no Nilton Santos.

Dono de características raras, como força, velocidade e habilidade, ele foi negociado com o Betis, da Espanha, antes mesmo de mostrar toda a sua capacidade por aqui. Não dá tempo. O mercado europeu sabe de sua força e logo carrega os nossos meninos mais talentosos. E por preços, para os clubes de lá, dignos de queima de estoque.

Luiz Henrique sai para tentar aliviar um problema crônico da imensa maioria dos clubes brasileiros: a falta de recursos. O dinheiro será usado para tapar buracos financeiros e permitir que a diretoria honre dívidas contraídas por outras administrações. E assim a vida segue.

O próximo na lista de itens para a prateleira internacional é o volante André, outro jogador de raras características, que acaba de ampliar o vínculo com o Fluminense. Inicialmente, não há planos para que saia na próxima janela, mas isso, infelizmente, não é uma certeza.

Tudo depende da proposta que chegar e das contas que não fecham. A base de Xerém – sem dúvida, uma das melhores do Brasil – continua a despejar meninos talentosos no mercado, o que faz há muitos e muitos anos. Com dinheiro de sobra para investir, os clubes europeus agradecem. Boa sorte a Luiz Henrique e a todos que farão o mesmo caminho.

*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10

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