15 de abril de 2023, essa foi a última vez em que Endrick esteve presente entre os 11 titulares do Palmeiras. De lá para cá, o Verdão disputou 12 jogos em um espaço de 44 dias, ou seja, uma média de uma partida a cada três dias. Mesmo com a maratona de confronto, Abel Ferreira segue sem colocar o camisa 9 como titular.
2023, de fato, não tem sido o melhor dos anos para Endrick. No começo da temporada, a joia palmeirense até teve sequência, mas demorou a marcar um gol, o fazendo já na ida da final do Campeonato Paulista, contra o Água Santa.
Endrick ‘some’ no Palmeiras
Desde que deixou de ser titular, Endrick esteve em campo durante 158 dos 1.080 minutos possíveis, excluindo os acréscimos. Nesse período, o atacante anotou apenas um gol, contra o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, sendo o quarto do Palmeiras naquela ocasião.
O ‘sumiço’ do camisa 9, inclusive, tem sido pauta nos principais veículos espanhóis. Jornais como “AS”, “Marca” e “Sport” já destacaram o pouco tempo em campo que Endrick tem acumulado. Apesar de ainda jogar pelo Palmeiras, ele já tem contrato assinado para ir para o Real Madrid no ano que vem, quando completar 18 anos.
O Jogada10 apontar abaixo alguns motivos que levaram a joia palmeirense a perder espaço no elenco.
Ascensão de Flaco López
Demorou, mas Flaco López se firmou e mostrou sua importância para o Palmeiras em alguns jogos nesta temporada. A boa fase do argentino veio justamente no momento em que Endrick começava a retomar o seu espaço no time titular.
Rony lesionou o seu braço ao longo do Campeonato Paulista e, após o título, passou por um procedimento cirúrgico para tratar o problema. Nessas partidas sem o camisa 10, inclusive, Flaco e Endrick chegaram a jogar juntos, mas quem se destacou mais foi o argentino, que marcou quatro gols em quatro jogos.
Com a volta de Rony ao time titular, apenas um poderia aparecer como substituto imediato do atacante. Hoje, a vaga é de Flaco que, mesmo assim, tem entrado pouco, uma vez que o camisa 10 raramente sai do time.
Chegada de Artur
Se no meio do ataque Endrick ficou sem espaço, as funções pelos lados do campo viraram uma alternativa. Entretanto, um pedido de Abel Ferreira dificultou as coisas para o camisa 9: Artur. Também cria da base palmeirense, o atacante foi comprado pelo clube junto ao Red Bull Bragantino e não sentiu o peso de voltar ao Allianz Parque.
Titular desde que chegou, Artur tem provado o motivo de sua contratação. Todos os gols marcados por ele até aqui foram decisivos: empatou o duelo contra o Vasco, abriu o placar contra o Goiás, deixou tudo igual com o Red Bull Bragantino e fez dois contra o Cerro Porteño.
Mais do que os gols, Abel Ferreira já destacou a importância e o comprometimento defensivo do seu camisa 14, mais um fator que o torna insubstituível no momento.
Do outro lado, Dudu é um dos líderes do elenco e principal referência técnica da equipe. Sendo assim, Endrick segue com caminho fechado para atuar dos dois lados do campo.
Raphael Veiga ‘fecha o caminho’ para Endrick
Houve momentos no final da temporada passada, que o Palmeiras jogou sem um meia mais estilo camisa 10. Nesses jogos, Dudu, Scarpa, Rony e Endrick atuaram juntos, com o camisa 7 sendo mais livre para armar jogadas pelo meio.
No padrão atual e com o elenco que tem na mão, Abel Ferreira tem deixado essa ideia em um segundo planos. Isso porque, após se recuperar de lesão, Raphael Veiga manteve a regularidade que vinha tendo antes.
Neste cenário, o ‘quadrado mágico’ do Alviverde está fechado, impossibilitando Endrick de fazer parte neste momento.
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