O lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, voltou a negar uso de termo racista contra o volante Edenilson, do Internacional, durante partida entre as equipes. Em depoimento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na sede da Federação Paulista de Futebol, o jogador português negou o uso da palavra “macaco” ao se referir ao adversário.
Após o depoimento, o advogado Daniel Bialski, contratado pelo Corinthians para defender o jogador, afirmou que Rafael Ramos disse no depoimento que em Portugal não se utiliza essa a palavra “macaco” para cometer um ato discriminatório. No depoimento, além do advogado, o lateral foi acompanhado pelo gerente de futebol Alessandro Nunes.
“Uma coisa importante que ele disse hoje, que precisa ser muito ressaltada. É que em Portugal, conforme ele mencionou, não se faz esse tipo de comentário quando se quer falar algo preconceituoso, e ele desconhecia que isso era utilizado no Brasil”, disse Daniel Bialski.
“Ele reafirmou o que já tinha dito várias vezes não somente no depoimento oficial que prestou em Porto Alegre, mas em todas as declarações, de que em momento algum ele ofendeu de forma racista o Edenilson”, completou o advogado.
Após o depoimento de Rafael Ramos, Paulo Feuz, auditor do Pleno do STJD que conduz o inquérito, ouvirá também o depoimento de Edenilson. O volante do Internacional dará a sua versão no próximo dia 6. O jogador já havia prestado outro depoimento e registrado o incidente no dia do jogo.
Vale lembrar que Rafael Ramos também está sendo investigado na esfera criminal, conduzida pela Polícia Civil de Porto Alegre.
Relembre o caso
Durante o empate em 2 a 2 entre Inter e Corinthians, no dia 14 de maio, Edenilson acusou Rafael Ramos de chamá-lo de “macaco”. A partida ficou parada por cerca de quatro minutos na reta final do segundo tempo. O jogador do Timão chegou a ser detido após a partida, mas foi solto após pagar a fiança.
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